Francisco Gomes critica opção de ser construído o navio de investigação

O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, voltou hoje a criticar a decisão do Governo Regional da Madeira de investir 14 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na construção de um navio de investigação.

Em nota à imprensa enviada à nossa redação, o parlamentar considera que se trata de uma “opção incompreensível, baseada em processos pouco claros, concursos que foram repetidos e que constitui uma afronta face às necessidades reais da população”.

“Enquanto madeirenses morrem à espera de uma cirurgia, jovens abandonam a Região por falta de oportunidades e famílias enfrentam dificuldades enormes no acesso à habitação, o Governo Regional decide gastar milhões num projeto nada claro e que não pode, de forma alguma, ser considerado essencial”, afirmou o deputado.

Francisco Gomes lamenta também que “as forças de segurança estejam sem recursos suficientes para cumprir a sua missão”, e que “as políticas de apoio às famílias continuem frágeis e sem capacidade de resposta às exigências da vida atual”. O deputado observa, “face a isto, o governo prefere brincar à investigação.”

Segundo o parlamentar, “a construção deste navio é um símbolo claro de um governo que perdeu o rumo e ignora as verdadeiras prioridades da Região”. O deputado recorda que os fundos do PRR são extraordinários, não reembolsáveis, e deveriam ser usados em investimentos com impacto direto na vida das pessoas.

“A habitação acessível, o reforço do sistema regional de saúde, o apoio aos jovens que querem construir futuro na sua terra e a valorização das forças de segurança são áreas onde cada euro faria uma diferença imediata e concreta. O Governo Regional optou, em vez disso, por um projeto que serve poucos e ignora muitos”, reforça.

Para Francisco Gomes, esta decisão exige explicações claras. “O Governo Regional tem o dever de prestar contas. As escolhas feitas com fundos públicos devem obedecer a critérios de utilidade, justiça e urgência. E não é isso que se vê neste caso”, conclui.

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