Jornadas 2025: Jardim da Serra não pode ficar esquecido. “Obras praticamente param no Estreito”

No Museu de Imprensa da Madeira, onde decorre o 4º episódio da quinta temporada das Jornadas Madeira, o presidente da Junta de Freguesia do Jardim da Serra, transmitiu à plateia um primeiro reconhecimento à sua equipa pelo que tem sido feito pela freguesia, seguindo-se agradecimentos à Câmara Municipal e ao Governo Regional, pela concretização de projetos e para os próximos em prol da população.

Valentim Marcelino lamentou, contudo, que ao nível das obras, “o Jardim da Serra tem estado afastado. As obras pararam praticamente todas no Estreito de Câmara de Lobos e o Jardim da Serra olha lá de cima a ver quando chega à freguesia mais alguma coisa”.O autarca local apontou, por outro lado, que foi muito feito na freguesia, “mas muito está por fazer. Há obras feitas, outras que caíram no esquecimento e outras que ficaram apenas como promessa”, lembrando que “as coisas melhoraram” com a via-expresso, que foi “o máximo, a cereja no topo do bolo. Ajudou a fixação dos jovens”, afirmou, adiantando que há investidores de fora da Madeira, a residir na freguesia.

Depois de apontar algumas obras efetuadas pela Junta de freguesia, ao nível das acessibilidades, Valentim Marcelino comentou que não é contra a construção do teleférico no Curral das Freiras, nem contra o progresso. Neste aspeto, contudo, entende que é preciso falar também do Jardim da Serra, porque o teleférico será construído da montanha do Jardim da Serra para baixo, defendendo por isso, a construção de estacionamentos. “Não sou contra o teleférico, sou a favor do progresso, mas vou tentar que ali no Jardim da Serra se criem estacionamentos, que se crie uma zona ampla. “Gosto da expressão, mas na zona ampla do Jardim da Serra, nada foi feito”, criticou.

“O que não ficou feito? Parou no Estreito…”, brincou, antes de revindicar, tal como já o fez “a quem de direito”, a requalificação do centro da freguesia, uma aposta urgente no saneamento básico – “enquanto eu cá estiver, vou sempre falar neste problema, que não tem sido resolvido” –, que é grave lacuna na freguesia. “Há desavenças entre vizinhos, porque o cheiro da porcaria de uma casa, entra pela casa do vizinho”, exemplificou, sem meias palavras.

A cobertura do centro polidesportivo é outra reivindicação, atendendo ao trabalho das associações desportivas e culturais da freguesia. “Já se fala isso há vários anos”, disse, prometendo que voltará a falar do mesmo na Festa da Cereja, tal como nas outras edições.

Valentim Marcelino aproveitou o palanque disponibilizado pelo JM para também pedir mais habitação social naquela freguesia. “Era muito fácil de resolver, porque há muitas casas de avós e dos pais, que estão cobertas de silvado. Querem recuperar as habitações, mas é muita burocracia!”, com as famílias a pedirem, então, habitação social

Falou que “o Jardim Serra é a terra da cereja, e por causa do clima, há risco de extinção das cerejeiras. Esperemos que deem continuidade que está a ser feito para evitar essa situação”

Quase a concluir a sua intervenção, o presidente da junta de freguesa lembrou a futura passagem do Jardim da Serra para o Curral das Freiras, uma obra prometida pelo Governo, que estará a trabalhar para isso. “Espero ver concluído esse projeto, porque somos da zona alta de Câmara de Lobos, e não queremos ser esquecidos. Não se esqueçam que o que fica no topo do bolo é a cereja e, por sermos lá de cima, não vamos deixar cair no esquecimento tudo o que é prometido”.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *