A Associação Avesso, no âmbito da formação dos alunos da oficina de teatro ‘Cenas do Avesso’ e em parceria com a Associação de Desenvolvimento da Ribeira Brava – ADBRAVA, com o grupo de teatro ‘Bravinhas à Frente das Cortinas’, apresentam a peça A Terra dos Contos.
A Terra dos Contos é uma narrativa infanto-juvenil em que o tema da discriminação e da exclusão assumem uma relevância primordial. O texto é de Joana Gomes, docente da Oficina de Teatro Cenas do Avesso (Associação Avesso) e do grupo Bravinhas à Frente das Cortinas (Adbrava) inspirada pelas obras “Álbum de Família”, “Alice no País das Maravilhas”, “Capuchinho Vermelho”, “O Elefante Cor-de-Rosa” e “Vem aí o Zé das Moscas”.
“Numa terra encantada vamos encontrar diversas emoções. Personagens animais e humanas protagonizam atitudes e comportamentos a evitar nas relações interpessoais, com o objetivo de ensinar às crianças e jovens que aceitar, respeitar e incluir torna a vida mais colorida e divertida. O que é uma família? O que ajuda uma família a ser feliz? Estas são as perguntas que são colocadas, com o objetivo de desafiar a refletir sobre a diversidade das famílias atuais: crianças e jovens que vivem com ambos os pais, ou apenas com um deles; crianças e jovens que alternam entre a casa da mãe e a casa do pai, ou que vivem com outros familiares; crianças e jovens acolhidas em famílias ou em instituições; crianças e jovens adotadas ou que têm dois pais ou duas mães. As famílias podem ser muito diferentes, mas têm uma coisa em comum: são (ou devem ser) um espaço de afetos, onde o amor que as une é mais importante do que qualquer outra das suas caraterísticas”, revela a sinopse.
Sobem ao palco as 60 crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos, que frequentam as aulas de teatro da Avesso e da Adbrava e que formam o grupo (autointitulado pelos jovens) os ADVESSOS.
A Terra dos Contos tem a estreia agendada para 14 e 15 de junho, às 18h00, no auditório do Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol e a 13 de Julho, no auditório do Espaço Vita, em Braga. Os bilhetes estão à venda com a Avesso: 963 355 528 ou com a Adbrava: 935 983 999. Têm um custo de 7€ para os adultos e 4€ para menores de 18 anos.
Este é o quarto ano desta parceria entre Avesso e Adbrava, que se reflete como um projeto pedagógico e artístico que aborda problemáticas relacionadas com as crianças/jovens, promove a sua autonomia, envolvendo os alunos como atores sociais, na construção de um percurso conducente ao seu bem-estar pessoal e social, focado nas ações experienciais atuais de cada um deles e no papel que assumem perante a sociedade.
A construção da autonomia passa por estar crianças/jovens terem a possibilidade de participar ativamente nas decisões, nos planos de responsabilização e de partilha, e serem incluídos na comunidade envolvente.
A organização destaque que a realização de um projeto desta envergadura, que implica a deslocação ao continente com um grupo de 60 crianças e acompanhantes, só é possível graças aos apoios: Secretaria Regional do Turismo e Cultura, Direção Regional da Cultura, Centro Cultural John dos Passos, Município da Ribeira Brava, Alpha Publicidade, Creativ, Bragauto, DetBlue, Amanhecer Ponta do Sol, Casa Carol, ProvAromas, A&L Cleaning Services, VMT Madeira, DepilMadeira – Cristina Figueira, STNails Designer, Canha e Pereira, Sistacustic, Vigofaria, Bravaplan, Reis & Barros, The Small House, Wood Produções, Agiliza Solutions, Spitex Lda, Espaço Vita, Município de Braga, Junta de Freguesia de São Vicente de Braga. Agradecemos também a todas as pessoas que colaboraram na aquisição de rifas.
Críticas ao Município pela falta de apoio
No entanto, lamentou o facto de o Município da Ponta do Sol ter “atribuído 0 (ZERO) euros aos projetos Oficina de Teatro Cenas do Avesso, 0 (ZERO) euros à construção do espetáculo “A Terra dos Contos”, 0 (ZERO) euros à deslocação do grupo a Braga e 0 (ZERO) euros ao Teatro do Avesso, apesar de anunciar o reforço às associações culturais do concelho a 21 de Abril do corrente ano, aquando da assinatura do protocolo com as instituições locais, destacando que “o apoio ao movimento associativo é fundamental para criar oportunidade para os mais jovens e promover um desenvolvimento equilibrado de todo o concelho”, acrescentando que “as associações desempenham um papel crucial, não só como instituições formadoras, mas também como promotoras de uma oferta cultural diversificada, fruto dos eventos de produção própria que organizam”