Valha-nos Nossa Senhora Fátima

Estou pior que o Savino. Não sei se vou. Não sei se fico! Se, por um lado, senti um enorme apoio e uma onda entusiasta de uma multidão de umas, sei lá, 3 pessoas, por outro, vejo tanto nome forte que me tremem as canetas. A última a ser conhecida foi a Fátima Aveiro. Sim, o JPP já escolheu. E, se não voltar atrás, será mesmo a senhora. Eu, ignorante confesso, não sabia quem era. Fui pesquisar. Escrevi no Google: “Fátima Aveiro”. Resultado? “Os bilhetes de autocarro entre Fátima e Aveiro custam 12,48 € em média. Os dois destinos estão separados por 150 km e viajar entre as duas cidades leva apenas 2 horas e 25 minutos”. Pronto. Fiquei na mesma! Insisti, acrescentando JPP. “A presidente do Banco Alimentar contra a Fome na Madeira é a escolha do Juntos Pelo Povo para conquistar a Câmara do Funchal”. Melhorou. Será que vai fazer jus ao ditado que diz que “não há fome que não dê em fartura”? Deus queira que sim.

Mais abaixo, na pesquisa, encontrei já a reação da senhora à notícia. “Eu sou uma pessoa que gosta de desafios”. Onde é que eu já ouvi isso?! “Penso que tenho ainda créditos a dar à sociedade madeirense”. Ehlaaaa. Vire essa boca para lá. A gente não quer créditos. A gente quer é dado. Se possível até arregaçado! “Tenho experiência de 30 anos ao serviço do governo regional”. Ui. E mesmo assim os verdes escolheram-na? Milagre. “Acho que ainda posso fazer render os meus talentos a favor da cidade”. Upa upa. Mal posso esperar. Para finalizar, prometeu: “Irei dedicar-me seriamente a esta candidatura”. Pronto. Se é a sério, é a sério. É que os outros vão todos a brincar e então, eu que também tenho talentos escondidos (tão bem que não os encontro), vi-me obrigado a avançar. Só que agora estou na dúvida. Sinto-me tentado a apoiá-la. Minha Nossa Senhora Fátima. Não sei o que faça.

E não sou o único. Em Santa Cruz também está difícil. A Élia em Ascensão, a semana passada, parecia um de dois primos que eu tenho muito afastados. Um embarcou para a Venezuela. O outro quase que ia. E ela, que parecia este segundo, acabou como o primeiro. Foi mesmo. À força. No ódio. Com raça. Mas foi! Foi e agora eu só imagino como não se deve estar a sentir muito “boa gente” por dentro. O Paulo, esse, depois de ter puxado dos galões e dito que tinha toda a legitimidade por ser o 3.º elemento fundador, meteu a viola no saco e afirmou: “Respeito e desejo-lhe sucesso para o futuro”. Isto com um melão do tamanho da pista do aeroporto. O Milton também foi humilde. “É elogiável a atitude, tanto do Paulo como minha ao aceitar a decisão do órgão”. Mesmo. Estão os 2 de parabéns. Só não dou uma salva de palmas porque tenho as mãos na cabeça e depois fico com as orelhas a arder!

O que está a arder também é o Marítimo. Vá. Eu até sou dos que defende a renovação. Que aprecia ver a malta nova ter uma oportunidade. Que não vê a experiência como uma condição absoluta para se ter sucesso. Mas também não me venham dar música. O Vitor Matos (melhor seria se fosse o Luís de Matos) trabalhou com o Klopp?! Sim. Trabalhou. Era adjunto? Não tenho a certeza! Consta que era analista de desempenho. Está bem que o Mourinho também começou como tradutor do Bobby Robson e foi o que foi. Sim, foi. Já não é… Agora, usar o alemão ex Liverpool para validar o novo treinador do maior das ilhas é quase o mesmo que contratar para cirurgião, o porteiro do hospital só por este ter dado bom dia, anos a fio, ao diretor do serviço de cirurgia plástica e achar que fez um negócio da China.

Pronto. Vá. Agora também pouco importa se foi a 1.ª opção ou se foi uma solução de recurso. Hoje em dia está difícil para tudo e todos. É para treinar o Marítimo. É para concorrer pelo PSD em Santa Cruz. É para ser vereador no Funchal. Enfim… Uma tristeza. Seja o que Deus quiser.

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