Na sequência dos confrontos registados no jogo de juniores entre o Clube de Futebol Andorinha e o Club Sport Marítimo, disputado este sábado, a Associação de Futebol da Madeira (AFM) emitiu hoje um comunicado no qual “repudia qualquer forma de violência sobretudo quando verificada em jogos das competições de formação com a participação de crianças e jovens”.
A direção da AFM considera que “o ocorrido é revelador de um problema de civismo que é transversal a toda a sociedade” e sublinha que os eventos de que teve conhecimento “extravasam as competências da AFM, sendo merecedores da tutela dos Órgãos de Polícia Criminal, do Ministério Público e da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto”, sem prejuízo das eventuais sanções disciplinares previstas nos regulamentos da associação.
No mesmo comunicado, a AFM recorda que “a falta de policiamento de espetáculos desportivos decorre de uma lei nacional há muito em vigor e que determina a ausência de segurança em eventos onde existe uma maior concentração de pessoas”, o que, na visão da direção, aumenta “sobremaneira a responsabilidade individual de cada um no seu comportamento em sociedade”.
A associação informa ainda que está “em processo de aprovação o novo Regulamento de Prevenção da Violência, que pretende mitigar a ocorrência de eventos idênticos aos que se verificaram no jogo referido”, e saúda as “posições públicas dos clubes envolvidos pela responsabilidade demonstrada e o repúdio das cenas lamentáveis verificadas”, revelando que “o Presidente da AFM já contactou os presidentes dos CF Andorinha e CS Marítimo”.
Por fim, a AFM deixa um apelo direto aos encarregados de educação dos jovens atletas: “Aos familiares dos jovens que competem nos escalões de formação exige-se, de uma vez por todas, educação, civismo e responsabilidade sob pena desta direção da AFM ser obrigada a tomar medidas mais drásticas que a todos prejudicará.”