Ucrânia: Zelensky acusa Rússia de tentar ganhar tempo para continuar invasão

Zelensky falou por telefone com Donald Trump, na segunda-feira, para discutir o fim da guerra.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de prolongar as negociações sobre um cessar-fogo para tentar ganhar tempo e continuar a sua invasão da Ucrânia.

“É claro que a Rússia está a tentar ganhar tempo para continuar a sua guerra e a ocupação. Estamos a trabalhar com parceiros para pressionar os russos a comportarem-se de forma diferente. As sanções são importantes e estou grato a todos que as tornam mais severas para os responsáveis por esta guerra”, disse o Presidente ucraniano nas suas redes sociais.

Zelensky afirmou que conversou com o Presidente da Finlândia, Alexander Stubb.

O Presidente ucraniano referiu que ambos trocaram informações sobre os contactos com os parceiros e que também discutiram detalhes da conversa de Zelensky com o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, que aconteceu na segunda-feira.

“O principal é que a diplomacia pela paz seja coordenada e orientada para resultados reais”, afirmou o líder ucraniano.

“Não temos dúvidas de que a guerra deve terminar na mesa das negociações. Deve haver propostas claras e realistas em cima da mesa. A Ucrânia está pronta para qualquer formato de negociação produtivo. E se a Rússia continuar a impor condições irrealistas e a minar possíveis resultados, deverá haver consequências duras”, sublinhou.

Zelensky disse que as conversações com outros parceiros da Ucrânia também “estão agendadas para hoje”.

Na segunda-feira, após também conversar por telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, Trump afirmou que a Rússia e a Ucrânia “iniciariam imediatamente as negociações para um cessar-fogo”.

O chefe de Estado russo descreveu a conversa como “útil”. Em declarações à imprensa, Putin acrescentou que a Rússia estava pronta para trabalhar com a Ucrânia num “memorando” sobre um “possível tratado de paz”.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa guerra que começou em 2014, com a anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos.

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