Herlanda Amado, cabeça de lista da CDU, acabou de falar aos jornalistas sobre as eleições legislativas, manifestando preocupação com os resultados, chegando a sublinhar que o crescimento da direita e da extrema-direita poderá traduzir-se num aumento das dificuldades para milhares de trabalhadores.
“Os resultados, infelizmente, confirmam um agravamento das dificuldades vividas por milhares de trabalhadores no nosso país. Assistimos ao crescimento da direita e da extrema-direita, forças políticas que, nos últimos anos — e em particular no último — promoveram um retrocesso nos direitos dos trabalhadores”, em declarações após conhecidos os resultados.
Apesar do avanço dessa direita, a candidata da CDU destacou o “papel fundamental” que o partido poderá continuar a desempenhar na Assembleia da República.
“Contra todas as previsões de desaparecimento, a CDU mantém-se como uma força de resistência. Aqueles que pensavam ter caminho aberto para agravar políticas perpetuadas por PSD, CDS e mesmo pelo PS, deparam-se com uma CDU capaz de travar esses avanços.”
Existe uma posição e uma mensagem “clara de confiança, coragem e resistência”, de forma que “todos os que apoiam a CDU”, seja a nível nacional ou regional, continuem “presentes nas lutas que se avizinham.”
“O povo não está satisfeito com os resultados”Quando ao resultado interno da CDU, Herlanda Amado adianta que ninguém “está satisfeito com estes resultados”.
Nem os militantes, “nem o povo da nossa região. A realidade é que, amanhã, muitas pessoas acordarão com a perceção de que a sua vida não vai melhorar”, reforçou.
A dirigente da CDU criticou as “promessas feitas durante a campanha eleitoral”, principalmente pela direita, advertindo para uma possível desilusão.“Veremos se a prática corresponde ao discurso daquilo que se prometeu. O agravamento das dificuldades está iminente”, avisa.Tudo isto acontece agora em Portugal, porque é um “fenómeno global. O crescimento da extrema-direita tem-se verificado em várias partes do mundo, alimentado por desilusão e desânimo. Em momentos de crise, as pessoas tendem a cair em falsas promessas, ” adiantando que muitas “batalhas estão ao virar da esquina, e estaremos preparados para elas.”