JPP quer reforçar financiamento da UMa

O candidato do JPP às eleições legislativas de 18 de maio, Filipe Sousa considera da “maior justiça” reforçar o financiamento da Universidade da Madeira (UMa), de modo a colmatar os custos acrescidos da insularidade e ultraperiferia, pelo que exorta o Estado e a Região a cooperarem para transformar a UMa “num polo de excelência capaz de atrair alunos de vários países, professores e investigadores”.

Numa ação de campanha junto ao dito estabelecimento de ensino superior, esta segunda-feira, o cabeça-de-lista trocou impressões com os estudantes, escutou as suas preocupações e concluiu que os governos da República e da Região “não têm feito tudo o que podiam e deviam para segurar os jovens”, concedendo-lhes oportunidades de emprego “com salários justos para que possam desenvolver as suas capacidades e contribuírem, na plenitude, para o desenvolvimento económico, social e cultural do país e da Região”, sublinhou.

“Não bastam os discursos oficiais inflamados de palavras a lembrar que temos a geração melhor preparada de sempre, depois observamos a realidade e concluímos que recebem salários baixos, não conseguem arrendar ou comprar casa e falta-lhe oportunidades de trabalho numa Região com a maior taxa de desemprego jovem do país, portanto, num contexto destes, altamente desfavorável, os jovens emigram”, afirmou.

Filipe Sousa assume, ainda, que, se for eleito, “irá trabalhar para inverter este ciclo”. O candidato entende que a Região e o País estão a cometer “um erro grave” em matéria de política de juventude. “Só com uma juventude robustecida de competências, seja ao nível do ensino secundário, dos cursos de formação profissional ou qualificações académicas, só com uma educação de excelência em todas estas áreas e níveis do ensino, a Região e o país podem constituir-se numa sociedade próspera, evoluída e tolerante”, afirma. “Não podemos formá-los e deixá-los sair por falta de oportunidades”, adita.

O candidato coloca a UMa no centro das suas preocupações. Critica o centralismo lisboeta por “revelar incapacidade e insensibilidade para compreender as dificuldades inerentes à insularidade e ultraperiferia”. Estranha que “os deputados que têm representado a Região na Assembleia da República, PSD, CDS e PS, e os diferentes governos dos mesmos partidos, não demonstrem nem trabalho nem argumentos para contrariar a posição da República nesta matéria”.

Filipe Sousa aponta à falta de “visão” do Governo Regional e de “diálogo firme” com a República para “vincar a importância inquestionável da Universidade no desenvolvimento da Região”.

“O Estado e a Região têm de trabalhar para dotar a UMa das condições necessárias para se abrir ao mundo, afirmar-se como um polo de excelência capaz de atrair alunos de vários países, professores e investigadores que, com o tempo, podem vir a fixar-se na Região e afirmá-la como uma referência em algumas áreas do conhecimento”, destaca o “número um” do JPP.

A habitação e os baixos salários são, aos olhos do JPP, temas de preocupação dos jovens. O candidato diz que “tem faltado trabalho dos deputados da Região no Parlamento para solucionar estes problemas”. Lembra aos jovens que o JPP é “o único partido nascido na Madeira, é uma voz genuína da autonomia sem comandos do poder central”, e pede-lhes uma oportunidade a 18 de maio.

Por fim, Filipe Sousa compromete-se a encontrar soluções para a descida do IVA na construção de habitação, isenção de IMI e IMT para a compra da primeira casa, abertura de uma linha de crédito bonificada para jovens, apoios justos ao arrendamento e salários adequados às qualificações.

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