O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, criticou o Estado português pelo tratamento que está a ser dado aos antigos combatentes, considerando-o uma afronta à dignidade nacional. Para o deputado, “o país está a tratar aos pontapés aqueles que deram tudo pela pátria. Um Estado que não respeita os seus antigos combatentes não é uma nação séria, mas um território sem identidade nem orgulho na sua História”.
Francisco Gomes denuncia o que considera ser “o abandono e descuido vergonhoso” a que os antigos combatentes têm sido, a seu ver, votados, nomeadamente no acesso à comparticipação de medicamentos, que deveria estar em vigor desde janeiro e que, segundo diz, continua, em muitos casos, sem ser aplicada “por culpa das habituais burocracias e falhas de coordenação entre organismos do Estado”.
O deputado lamenta que o acesso ao desconto de 50% na parte não comparticipada dos medicamentos continue a exigir um processo que caracteriza de “injustificavelmente confuso e moroso”. Segundo Francisco Gomes, esta situação está a deixar muitos antigos combatentes de fora do sistema e sem acesso ao benefício que lhes é devido por lei.
“É inacreditável que um antigo combatente, que toda a vida contribuiu para o país e serviu em defesa da pátria, tenha de andar de instituição em instituição, implorando por um direito que o Estado anunciou com pompa e circunstância. Isto é humilhante, revoltante e inaceitável!”
“Temos um sistema completamente desorganizado, com pessoas a serem excluídas porque os dados não estão atualizados, porque há falhas de comunicação entre ministérios, ou porque não sabem interpretar as regras. Uma palhaçada total!”, disse Francisco Gomes.
“Os antigos combatentes não podem ser tratados como um fardo. São um símbolo da nossa História e têm de ser honrados com ação, não com propaganda. Estamos fartos de desculpas e exigimos soluções!”