Eduardo Jesus destaca importância do trabalho em rede para evoluir

Decorre, entre hoje e amanhã, no Funchal, um seminário dedicado ao trabalho em rede dos museus insulares e atlânticos, organizado pela Faculdade de Artes e Humanidades (FAH) da Universidade da Madeira (UMa), no âmbito da disciplina de Património e Museologia do Mestrado em Gestão Cultural.

Sob o tema ‘A Museologia em Rede e Trabalho Colaborativo – Madeira e Açores’, o seminário conta com a parceria do CHAM – Centro de Humanidades da Universidade dos Açores e da Secretaria Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, através da Direção Regional da Cultura (SRTAC/DRC), e reúne profissionais e especialistas da área para debater a cooperação e o desenvolvimento sustentável do setor.

Na abertura do evento, que decorreu esta tarde na Sala do Senado da Universidade da Madeira, o secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, falou da importância e da necessidade do trabalho em rede para “crescer, evoluir e almejar futuros diferentes. É dessa colaboração que tem de surgir alguma coisa de novo”.

O governante, na ocasião, salientou o envolvimento nesta iniciativa dos mestrandos, mas também enalteceu a presença de Duarte Nuno Chaves, professor regente da disciplina que motivou a organização do seminário, e de Teresa Nascimento, diretora do Mestrado em causa, assim como do presidentes da Faculdade, dos professores, alunos e conferencistas, “pessoas interessadas, motivadas e determinadas em querer fazer melhor”. E a prova disso mesmo é este seminário, porque “pode haver investimento na infraestrutura, pode haver investimento na programação, pode haver investimento em tantas áreas de intervenção do setor cultural, mas talvez o investimento mais importante reside nas pessoas, nos profissionais deste setor”, sublinhou.

Dirigindo-se aos mestrandos em Gestão Cultural, o secretário regional recordou que se tratam de pessoas “que trazem a sua experiência de diferentes áreas de intervenção, de diferentes responsabilidades e níveis de competência em todo o sector e que aportam a esta discussão, que aportam a este fórum, experiências. E a experiência é uma boa parte do conhecimento, é algo que ou se tem ou não se tem, e só se tem vivendo”, referiu.

Sobre o trabalho colaborativo, Eduardo Jesus salientou a parceria existente entre o Centro de Humanidades da Universidade dos Açores com a Direção Regional de Cultura, que, “em boa hora, entendendo o alcance deste seminário, se envolveu”. O governante ressalvou ainda os Encontros de Boas Práticas Museológicas que têm envolvido Madeira, Açores e Canárias e que “são a base que sustenta toda uma colaboração que é bastante interessante e que visa, acima de tudo, que todos nós estejamos melhor preparados para esta mediação que tem de acontecer entre o património e as gerações atuais, assim como as gerações vindouras, já que o grande desafio é acompanhar esta evolução porque os museus não são sítios onde se depositam coisas não, os museus têm a função de estabelecer uma relação com os diferentes públicos cativando a atenção, mas satisfazendo uma determinada curiosidade”.

O secretário regional recordou que a lógica do trabalho colaborativo entre museus é uma dimensão do trabalho em rede que tem vindo a defender, exemplificando com o que tem vindo a ser realizado entre a Cultura e a Promoção da Madeira, no sentido da importância de comunicar esse elemento diferenciador. “Isto é trabalhar em rede. O benefício do trabalho desta rede é de todos nós”, disse, acrescentando outros exemplos de sucesso como a Rede Portuguesa de Museus, que inclui alguns importantes espaços da Região, ou à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, da qual o MUDAS.Museu faz parte, ou ainda a Rede de Museus da Macaronésia, atualmente em fase de preparação e que deverá integrar os museus regionais, entre outros projetos com parceiros privados ou de outras regiões.

O tema do seminário que decorre ainda este sábado, na Casa Museu Frederico de Freitas, é assim, para Eduardo Jesus, pertinente. “Os museus, depois desta ação, poderão naturalmente transformar-se em instrumentos poderosos de desenvolvimento humano e territorial”, disse, deixando o repto de que a Cultura necessita de profissionais competentes, determinados e que respeitem tudo o que tem a ver com a Cultura, com a Tradição e com a História e que desejem fazer diferente a bem de todos nós”, finalizou.

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