O Coletivo Enfia o Barrete e a artista Rafaela Rodrigues apresentam hoje, no âmbito da Semana da Cultura da Ribeira Brava 2025, a instalação ‘Objeto’.
A inauguração acontece esta sexta-feira, às 15 horas, no Espaço do Artesão, no Campanário, sendo que a instalação estará patente ao público até 31 de maio.
‘Objeto’ propõe “uma reflexão sobre o papel dos objetos na preservação do património cultural da Madeira, com foco na lã como matéria-prima identitária e em risco”, refere uma nota da organização. Através de peças têxteis produzidas com lã local, acrescenta, “a instalação aborda o ato de criar como forma de resistência, assumindo a prática artesanal como manifestação ativa de identidade e memória”.
Durante o período da exposição, serão realizadas oficinas destinadas a públicos distintos, com sessões em português e inglês, sendo que as datas e modalidades serão anunciadas ao longo deste mês.
As peças em exibição foram originalmente concebidas no âmbito da residência artística realizada no espaço, de onde resultaram as peças que fizeram parte da exposição ‘Onde a lã vive’, promovida em parceria com o Museu Etnográfico da Madeira, e que esteve patente ao público de outubro de 2024 até ao findado mês de abril.
A sua apresentação no Espaço do Artesão marca “o regresso ao local onde foram criadas, encerrando um ciclo de trabalho com a comunidade e de exploração do território”, refere ainda a Câmara Municipal da Ribeira Brava.
A instalação que pode ser vista a partir desta sexta-feira incluirá ainda um espaço participativo, onde os visitantes serão convidados a completar a frase ‘Objeto…’, partilhando ideias e inquietações em torno do futuro coletivo.
O coletivo Enfia o Barrete, composto por Irina Andrusko e Luz Ornelas, tem-se dedicado à valorização da lã madeirense, desenvolvendo projetos de investigação, formação e criação artística. A exposição conta também com a colaboração de Rafaela Rodrigues, autora e ilustradora, cujos projetos exploram a cultura e identidade da ilha.
O Espaço do Artesão, situado no centro da freguesia do Campanário, num edifício emblemático da Ribeira Brava, que já foi escola primária e sede da Junta de Freguesia, é atualmente um núcleo de dinamização cultural e artesanal, acolhendo iniciativas que promovem o saber-fazer regional.