A Iniciativa Liberal (IL), considera que a autonomia da Madeira só será efetiva quando todos os madeirenses puderem deslocar-se livremente, sem entraves burocráticos, tarifas elevadas ou limitações estruturais. A posição está expressa no Manifesto Eleitoral do partido às Legislativas Regionais de 18 de maio, onde a mobilidade surge como eixo central da proposta política.
Sob o lema “Mais Mobilidade, Mais Liberdade”, a IL propõe uma revisão profunda do atual modelo de transportes e acessos à Região Autónoma da Madeira (RAM). Entre as medidas destacam-se o reembolso automático ou antecipado do subsídio social de mobilidade, a promoção da concorrência no setor aéreo com vista à redução das tarifas, e a simplificação dos processos de apoio aos passageiros.
A Iniciativa Liberal defende ainda investimentos estruturais nos aeroportos e portos da região, a redução de taxas aeroportuárias e portuárias, a revisão dos limites de vento no Aeroporto Cristiano Ronaldo com base em critérios científicos e a garantia de ligações regulares com o Porto Santo. Quanto à ligação marítima por ferry entre a Madeira e o Continente, o partido exige que não dependa de financiamento público.
“Viajar e circular não pode ser um privilégio reservado a poucos nem um desafio permanente para quem vive na Madeira”, afirma João Corte Fernandes, cabeça de lista da IL pela região.
Para a IL, a mobilidade é um direito fundamental e uma condição indispensável para o verdadeiro exercício da autonomia insular. “Pode uma ilha ser livre se está isolada?”, questiona o partido no seu manifesto, defendendo que o isolamento não pode continuar a ser uma fatalidade para os madeirenses.