JPP quer criar estrutura de missão para saber quanto custa viver na Ilha

A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições legislativas de 18 de maio para a Assembleia da República entende que 50 anos depois da Democracia e da Autonomia “é tempo de fazer contas à vida e criar um Estrutura de Missão para se apurar, com rigor científico, qual o custo para os madeirenses, porto-santenses e açorianos de viver numa ilha, e comparar os resultados com o restante território nacional”.

Filipe Sousa ressalva que este trabalho “nada tem a ver com outras ideias que, no passado, procuraram fazer ‘encontro de contas’ com a História”, afirma, para sinalizar: “A questão para o JPP é muito séria: queremos saber, com base num trabalho científico, de investigação e comparação de dados, qual é o preço que pagamos por vivermos numa ilha, longe dos grandes centros de decisão, com custos acrescidos e limitações de vária ordem.”

Um estudo que o cabeça de lista do JPP considera “fundamental” e que na sua opinião já deveria ter sido realizado para que a Região e o País fossem portadoras de uma “base de trabalho credível” para se abordar “com rigor e não com base em palpites partidários ocasionais” as questões da insularidade e da ultraperiferia.

A proposta do candidato do JPP, se a população o eleger a 18 de maio para a Assembleia da República, assenta na “criação de uma estrutura de missão para estudar a questão e produzir um documento final, no espaço máximo de uma legislatura, integrando deputados de todos os partidos com assento no Parlamento nacional e nas Assembleias Legislativas Regionais da Madeira e Açores, bem como representantes dos respetivos governos central e regional.

“Acredito que esse trabalho será um ponto de viragem na forma como o País olha para as suas regiões autónomas e, ao mesmo tempo, um documento fiável para todo e qualquer processo de negociação com as autoridades nacionais e de Bruxelas”, evidencia Filipe Sousa.

A ideia central é produzir um conjunto “muito amplo” de respostas a perguntas, que os partidos tradicionais fazem mas que nunca procuraram estudar, e cruzar esses dados com outros semelhantes para quem vive nas regiões Norte, Centro e Sul do país. Questões como: qual o peso nos transportes aéreos e marítimos (custo das viagens e das mercadorias) nos orçamentos das famílias e das empresas?

Quanto pesa os custos com a habitação? – empréstimos bancários, construção, comprar, arrendar. Qual o peso da fatura de eletricidade, água e gás? Qual o valor despendido pelas famílias na educação dos seus filhos? Qual o custo da saúde para os insulares? Que peso tem a carga fiscal nas pessoas, famílias e empresas? Quanto pesa a fatura do custo de vida? – bens essenciais e supermercado. Qual o valor dos salários por profissões? – entre outras questões.

“Este projeto também serve para sinalizar a diferença que é ter na Assembleia da República ‘A voz das Ilhas por Portugal’, trazendo a debate, para concretizar, ideias diferentes que assegurem um presente e um futuro mais promissor para a Madeira e Porto Santo”, concretiza Filipe Sousa.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *