O socialista João Pedro Vieira reagiu à decisão de Miguel Silva Gouveia de não se recandidatar à presidência da Câmara Municipal do Funchal, manifestando “solidariedade pessoal, total e inequívoca” com o antigo autarca e atual vereador pela coligação Confiança. Numa publicação nas redes sociais, João Pedro Vieira confessou “tristeza política pelos funchalenses” e destacou o percurso de Miguel Silva Gouveia como um “quadro humano e profissional de excelência”.
O antigo secretário-geral do PS Madeira expressou ainda “espanto partidário pela ausência de qualquer reação” por parte da liderança regional e concelhia do PS, lamentando que o partido esteja entregue a “figuras menores, incapazes de compreenderem o que hoje representam: nada, nada, nada, absolutamente nada”. João Pedro Vieira apontou que esta realidade confirma a “decadência completa de um projeto político e partidário que empurraram para terceiro lugar no Funchal e na Madeira nas últimas eleições, à boleia da sua própria eleição para o conforto parlamentar.”
Numa crítica direta a quem censurou a decisão de Miguel Silva Gouveia, João Pedro Vieira denunciou uma “ignorância atrevida” daqueles que acusaram o antigo presidente da Câmara de “fuga”, apesar de ter carregado “sozinho a esperança” de um projeto alternativo para o Funchal. “Isto não é o PS a ser PS; isto é a continuação do fim do PS na Madeira”, sublinhou.
O socialista recordou ainda o apelo de Carlos Pereira para a criação de um Comité de Transição e alertou que, no atual contexto, poderá restar apenas “uma Comissão Liquidatária” para o PS-M. Apesar do cenário crítico traçado, João Pedro Vieira deixou uma nota de confiança no futuro de Miguel Silva Gouveia: “Este PS, como está hoje, não tem futuro; felizmente, o Miguel tem — e muito. Venham outras lutas.”