O secretário-geral do PS considerou hoje que o Papa Francisco recuperou a mensagem original e muito importante do cristianismo do amor ao próximo, destacando a relação que tinha “com aqueles que precisam mais da compaixão e do apoio”.
Pedro Nuno Santos esteve esta manhã na Nunciatura Apostólica, em Lisboa, para deixar uma mensagem no livro de condolências pela morte do Papa Francisco, na segunda-feira, aos 88 anos.
Para o líder do PS, “amar o próximo como a ti mesmo” ou “perdoar a quem nos ofende” são mensagens do cristianismo que muitos portugueses, católicos e não católicos, “se habituaram ao longo dos anos” e que “são poderosas e revolucionárias”.
“O Papa Francisco era exatamente a recuperação desta mensagem original e muito importante do cristianismo, ao longo da sua vida, na forma como se relacionava com os outros, nomeadamente com aqueles que precisam mais da compaixão, do apoio, os mais fracos, os mais desfavorecidos, os mais pobres”, enalteceu.
Pedro Nuno Santos considerou que o líder da Igreja católica foi “um dos maiores exemplos da mensagem de amor, que é uma mensagem central na religião da maioria esmagadora dos portugueses”.
“A verdade é que o cristianismo e o Papa Francisco foram-nos deixando esta mensagem de amor e, se nós formos capazes de, cada um, na sua vida, na relação com os seus mais próximos, seguir estes princípios, nós conseguimos construir um mundo melhor”, afirmou.
Questionado sobre o facto de haver quem criticou o Papa Francisco em vida para agora o homenagear e elogiar, o líder do PS disse apenas: “tenho que ser coerente com aquilo que acabei de dizer e temos de perdoar a quem nos tem ofendido”.
O caixão do Papa Francisco, levado em procissão e escoltado pela Guarda Suíça, já chegou à Basílica de São Pedro, onde foi colocado no Altar da Confissão para o velório de três dias aberto aos fiéis.
Francisco foi velado pela primeira vez na Residência de Santa Marta, num velório privado aos residentes do Vaticano e à Casa Papal.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de acidente vascular cerebral (AVC), após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.