Castigo ao Juventude de Gaula vale promoção do União da Bola

Conselho de Disciplina da AFM deu como provada agressão a árbitro assistente.

O Conselho de Disciplina da Associação de Futebol da Madeira deu como provada a ofensa corporal por parte de um atleta do Juventude de Gaula a um dos árbitros assistentes da partida com Os Xavelhas, disputada a 15 de fevereiro, a contar para a 14.ª jornada da 1.ª Divisão Regional.

O desafio disputado em Gaula, recorde-se, foi interrompido, aos 52 minutos, após um futebolista da equipa da casa ter empurrado o árbitro assistente, quando Os Xavelhas venciam por 1-0. O lance deu azo a grande polémica em virtude das imagens televisivas terem dado a entender que o toque do atleta não teria sido passível de motivar a queda do árbitro-assistente.

O acórdão, no entanto, dá conta que o arguido “pressionou, com o seu tronco, o peito do árbitro assistente n.º 1, empurrando-o e fazendo com que este caísse no chão de costas” e que “independentemente da intensidade do comportamento perpetrado (…), o que é facto é que terá sido suficiente para desequilibrar” o juiz em causa.

Após averiguar os factos, o Conselho de Justiça ditou uma derrota administrativa ao Juventude de Gaula (0-3) e ainda a subtração de três pontos.

Uma vez que resta disputar uma jornada da competição, o Juventude de Gaula fica desta forma matematicamente afastado da subida de escalão. Quem beneficia da decisão é o União da Bola, que vai assim acompanhar Os Xavelhas na promoção à Divisão de Honra Regional.

Para além disto, o Conselho de Disciplina castigou ainda o jogador em causa com seis meses de suspensão e sancionou o clube gaulês com uma multa de 408 euros e dois jogos à porta fechada.

Gauleses reagem

Entretanto, o Juventude de Gaula reagiu esta terça-feira à decisão do Conselho de Disciplina, com o presidente do Juventude de Gaula, Eduardo Barradas, a dar conta ao JM que vai recorrer da decisão junto da AFM e “se necessário junto do TAD [Tribunal Arbitral do Desporto]”.

Nas redes sociais, os gauleses pronunciaram-se de forma incisiva, afirmando que a decisão disciplinar “não espanta, mas cria estupefação e incredulidade” e que tudo farão o que estiver ao seu alcance para reparar o que dizem ser uma “iniquidade”.

O Juventude de Gaula ressalva ainda que reprova o comportamento do jogador castigado e que o mesmo foi sujeito às sanções previstas no regulamento interno.

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