O padre António Estêvão Fernandes, madeirense, reitor do Pontifício Colégio Português de Roma, diz ter ficado surpreendido com a inesperada partida do Papa Francisco para o abraço de Deus. Isto depois de uma Páscoa de alegria e em que o Sumo Pontífice decidiu, ontem, apesar de fragilizado, ir à janela da Basílica de São Pedro dar a bênção.
O madeirense, que vem à Região por alturas do Natal e da Páscoa para visitar os pais, tinha regresso agendado para a próxima quinta-feira mas já o antecipou para amanhã de manhã. E diz que esta será uma viagem diferente. Saiu do Vaticano com o Papa vivo e regressa com a preparação das exéquias fúnebres.
O momento é difícil, ainda que, nas últimas semanas, tenhamos acompanhado “a sua doença e a sua debilidade”.
O reitor do Pontifício Colégio Português de Roma afirma, ao JM, que este é o momento “ de nós, de facto, agradecermos a Deus, o pontificado do Papa Francisco, que nos surpreendeu a todos de maneira positiva”.
Isto pela sua forma “próxima, pela sua compaixão, pela forma simples como se dirigia aos fiéis e pela coragem de tocar em alguns pontos. Isto não só em relação à própria Igreja, mas no contexto universal”, defende ainda. Instado a questionar sobre o futuro, o reitor diz que este não é o momento certo para falar daquele que poderá ser o substituto de Francisco, o papa que morreu esta manhã.