O bispo da Diocese lembrou, hoje, que não existe Igreja sem Jesus. Recordou, inclusive, as palavras do Papa Francisco, que adiantou que a Igreja ficaria reduzida a uma simples ONG piedosa.
As palavras de D. Nuno Brás foram proferidas na homilia da missa Crismal, que se celebrou, hoje, na Igreja da Sé, a partir das 11 horas.
Por isso, o Prelado madeirense destacou que “é nossa missão, cardos sacerdotes, recordá-Lo constantemente”.
“É nossa missão tornar presente esta permanente indigência eclesial: a Igreja necessita constantemente de Jesus Cristo e da sua ação salvadora; necessita dos seus sacramentos; não pode ser ela mesma sem a presença do Senhor. E — muito menos! — ser, por si, originadora da salvação.”, acrescentou. Numa homilia mais virada para a comunidade sacerdotal, o bispo destacou que, como todos os batizados, “nós, os sacerdotes, fazemos parte do povo sacerdotal mas não recebemos do povo, a missão, nem a condição do sacerdócio ministerial.”
”Não somos delegados do povo, apesar de o representarmos. Nem somos seus funcionários, apesar de estarmos au seu serviço nas 24 horas do dia”, sublinhou ainda.
“Somos presença de Jesus. Pecadores como os demais, somos — com eles e como eles — peregrinos de esperança, buscadores da plenitude do Reino. Como presença sacramental do Senhor, trazemos connosco o tesouro da graça divina, a oferta da salvação — mas trazemo-lo nos vasos de barro, com as nossas vidas, pecadoras e frágeis”, disse perante uma Igreja completamente cheia.
“Somos presença daquele que serve, daquele que dá toda a sua vida, daquele que não se conforma com o mundo e com o seu modo de pensar; que não se deixa limitar pelos os seus critérios e com as suas escolhas. Somos presença daquele que é a esperança da humanidade e de cada ser humano, a esperança de todo o universo”, alertou.
“É nossa missão”, prosseguiu o representante máximo da Igreja madeirense, “mostrar profeticamente o caminho que falta ainda percorrer a todo o povo e ao mundo inteiro; é nossa missão denunciar profeticamente os erros, as falhas, os caminhos desviados, os passos atrás, as injustiças; é nossa missão desconstruir ideias feitas, preconceitos com que o mundo procura disfarçar e distrair de todos dos verdadeiros objetivos.”
De um modo particular neste Jubileu de 2025, “eis-nos chamados a ser ministros da misericórdia divina e da esperança segura que o próprio Deus derrama no coração dos fiéis”, disse.
Neste dia em que é celebrada a instituição do sacerdócio e que conta com a presença de todos os sacerdotes da Região, o bispo do Funchal celebra uma missa na Igreja da Sé, a qual está repleta de fiéis.