Emanuel Gaspar (JPP) protesta contra demolição do Solar do Engenho

Solar do Engenho, datado do século XVIII, fica no Porto da Cruz.

A demolição do Solar do Engenho, no Porto da Cruz, foi hoje alvo de um “veemente protesto”, da parte de Emanuel Gaspar, do JPP.

Aventando a possibilidade de vir a ser construída uma unidade hoteleira no local, o investigador diz que o local é de risco e que “não deveria ser permitido construir debaixo da arriba instável, de onde está sempre a cair pedras”.

“Se quisessem construir o hotel, podiam simultaneamente preservar e recuperar o solar, integrando-o no projeto, como existem bons exemplos na Madeira”, considera, dando o exemplo do hotel da Quinta Jardins do Lago e do hotel da Quinta da Casa Branca, na Quinta da Bela Vista.

Emanuel Gaspar acusa as entidades oficiais “de descontrolo” na preservação e identidade dos patrimónios, neste caso um solar datado do século XVIII.

“A demolição do solar foi uma má notícia que recebi, com muita mágoa, esta manhã”, afirma o historiador lembrando que o imóvel se encontrava “ainda em relativo bom estado de conservação e estruturalmente estável, constituía a única associação entre engenho e solar tão característico da arquitetura sacarina madeirense”.

Acrescenta que se tratava de “um notável solar com as suas cantarias, arcos pétreos, azulejos, torre avista-navios, calçada madeirense e centenárias árvores”.

“Foi demolido inexoravelmente! Uma triste perda para a nossa identidade, memória e património arquitetónico”, lamenta.

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