Miguel Albuquerque reitera que faz todo o sentido enquadrar o Ambiente na pasta do Turismo, ainda mais nos tempos que decorrem em que há desafios comuns a percorrer.
No seu primeiro ato oficial, na manhã desta quarta-feira após a tomada de posse da véspera, o presidente do Governo Regional diz não existir qualquer conflito de interesse e, pelo contrário “o turismo, hoje na Madeira, está ligado, e está estritamente ligado ao turismo, e o uso de algumas zonas turísticas com uma excessiva concentração vai obrigar a tomar decisões em articulação com os agentes do turismo”.
Explanando, à margem da cerimónia dos 32 anos do Comando Operacional da Madeira, Albuquerque destacou que “não vale a pena negar que nós temos que diversificar a oferta e os espaços com preservação dos ecossistemas, temos que melhorar e diversificar novas ofertas turísticas, temos algumas delas que estão neste momento em equação”.
Especificando essa diversificação, no Largo do Município, exemplificou que “uma delas que será importante será o novo teleférico do Curral das Freiras”, mas também anunciou que “queremos fazer um novo miradouro no Pico da Boneca [Santana], um miradouro panorâmico que terá quase a altura do Cabo Girão, com as mesmas características”.
Mais, “estamos a recuperar os caminhos reais, sobretudo os caminhos reais na Calheta, estamos também a avançar com algumas novas atratividades, incluindo a ponte suspensa na Ponta do Pargo”.
Tudo isto para ajudar a justificar que “vai obrigar a que haja uma boa coordenação entre as áreas do turismo e os agentes de turismo no uso controlado desses espaços”.
Quanto aquele potencial conflito de interesses, entre a aprovação e construção de hotelaria que possa chocar com o ambiente, justifica que o mesmo nunca sucederá. “Não, porque há um quadro legislativo onde isso tudo está definido. Primeiro, quem vai licenciar os hotéis são as câmaras municipais, o turismo dá o parecer e o enquadramento ambiental está todo ligado ao quadro legislativo existente e aos planos existentes, portanto não há nenhum problema”, disse Miguel Albuquerque.
Com a alteração preconizada, o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza passará para a tutela de Eduardo Jesus, tudo indicando que continuará a ser liderado por Manuel Filipe.