Tarifas: Xi avisa que guerra comercial dos EUA prejudica comércio e estabilidade mundiais

O Presidente da China alertou hoje que a guerra comercial lançada pelos Estados Unidos vai prejudicar o comércio internacional, a estabilidade da ordem económica global e os interesses legítimos de todos os países.

Xi Jinping, que está a realizar uma viagem por países do Sudeste Asiático, pediu ao Vietname que se oponha ao unilateralismo, numa reunião com o Presidente vietnamita, Luong Cuong, em Hanói.

Após a visita ao Vietname, o Presidente chinês chegou hoje à capital da Malásia, Kuala Lumpur, onde irá reunir-se com o primeiro-ministro, Anwar Ibrahim, e outros responsáveis para fortalecer as relações bilaterais com parceiros regionais, num contexto de guerra comercial com Washington.

Nestes contactos com países asiáticos, Xi também pretende organizar uma resposta coordenada às taxas alfandegárias impostas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Xi espera ainda aprofundar, entre outros tópicos, a popularmente conhecida como Nova Rota da Seda, um projeto internacional de infraestruturas lançado por Pequim há mais de uma década.

“Devemos defender o sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional (…) e promover uma governança global mais justa e equitativa”, defendeu o líder chinês num artigo publicado no jornal malaio The Star.

A deslocação, na primeira viagem de Xi ao exterior neste ano, acontece depois de Trump ter anunciado tarifas para dezenas de países, entretanto suspensas por 90 dias. No entanto, aumentou as tarifas para produtos chineses para 125%.

Donald Trump já criticou estes contactos do chefe de Estado chinês, que considerou quererem “prejudicar” os Estados Unidos.

O Sudeste Asiático é fundamental para as exportações chinesas. No ano passado, os países do bloco regional da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) foram os maiores destinatários, com um total de 586,5 mil milhões de dólares (cerca de 502 mil milhões de euros) em mercadorias, de acordo com dados da alfândega chinesa.

Xi Jinping, que permanecerá na Malásia até quinta-feira, segue viagem para o Camboja, um parceiro leal de Pequim na região.

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