“Com mais de 92 mil atos clínicos em lista de espera, o combate às listas de espera na Madeira tem mostrado uma das facetas do falhanço da governação de Albuquerque, no que à saúde na Região diz respeito”. Isso mesmo defendeu o Juntos Pelo Povo, em nota enviada à imprensa.
Para este partido, é “fundamental por mãos à obra e avançar com medidas reformistas e que visem responder às verdadeiras necessidades de todos os utentes da RAM e não apenas para aqueles que têm cartão laranja e o privilégio de ter o número privado do sr. Secretário Regional da Saúde”.
“Sendo do conhecimento público que não existem médicos excedentários na Região, mas sim, especialidades altamente deficitárias, o acesso dos utentes a certos cuidados de saúde na medicina convencionada torna-se severamente prejudicado quando as condições existentes no acesso à convenção médica na Região condicionam e agravam, ainda mais, as listas de espera do SESARAM.”
Exigir que o utente tenha de recorrer a um médico convencionado, inscrito na delegação da ordem regional, para o JPP, torna-se “um forte condicionante à redução das listas de espera”.
“Exames como uma ecografia ou até mesmo de uma ressonância magnética conta com várias semanas de espera, especialmente se falamos da ressonância magnética pélvica, mamária e abdominal, exames que o SESARAM não executa, havendo uma resposta muito deficitária”, acrescenta o partido.
No entender do JPP isto demonstra “incoerências que se tornam lesivas aos utentes e que se agravam quando o utente do serviço regional de saúde não pode optar por um médico não convencionado na Região, por exemplo, para uma cirurgia, mas, se o utente tiver disponibilidade financeira para ir ao Continente, passa a ter direito a ser reembolsado, mesmo com médicos não convencionados, bastando para isso entregar as suas despesas no IASAUDE.”
Pergunta, assim, o partido: “será que o SESARAM cumpre as ‘suas próprias regras’ e limita os serviços externos, apenas, a médicos convencionados?”
Para o JPP, tornar o acesso à saúde mais simplificado, concretizando os direitos dos utentes torna-se “fundamental”, principalmente quando os números das listas de espera do SESARAM comprovam a “falta de capacidade do executivo madeirense em responder às verdadeiras necessidades dos utentes”.
“Permitir que os utentes possam, nas mesmas condições que o próprio SESARAM, aceder a serviços médicos com a maior celeridade possível face à sua situação, torna-se uma medida basilar, concretizável, na defesa da igualdade e do direito à saúde aos utentes da Região”, conclui a nota.