O Governo de Israel disse hoje que primeiro-ministro de Israel e o chefe de Estado norte-americano reafirmaram compromissos contra o rearmamento nuclear do Irão e a presença da Turquia na Síria.
Segundo um comunicado difundido hoje pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu reiterou, no encontro em Washington, as posições sobre o Irão no sentido de impedir o rearmamento da República Islâmica.
De acordo com o mesmo documento, Israel obteve a concordância do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre medidas a adotar contra o programa nuclear de Teerão.
“Se isso puder ser feito diplomaticamente, da mesma forma que foi feito com a Líbia, penso que será bom. Mas aconteça o que acontecer, temos de garantir que o Irão não obtenha armas nucleares”, disse Netanyahu a Trump durante a reunião de Washington.
Netanyahu manifestou também a Donald Trump os receios de que a Turquia venha a usar a Síria como base para atacar Israel.
Os israelitas e os norte-americanos discutiram igualmente a situação em Gaza.
O comunicado refere que Netanyahu afirmou que Israel está a trabalhar com o enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, um novo acordo sobre a Faixa de Gaza no sentido de garantir o regresso dos reféns ainda detidos.
Após mais de um ano e meio de guerra na Faixa de Gaza, 59 reféns, permanecem no enclave palestiniano.
Israel admite que 24 dos 59 reféns estão vivos.
O líder israelita e Donald Trump defenderam ainda o plano para a deslocação voluntária dos palestinianos de Gaza para outros países.
O plano foi descrito por várias organizações internacionais como um processo de “limpeza étnica”.
Segundo o Hamas, a resposta militar de Israel contra o ataque de 07 de outubro de 2023 fez até ao momento 50 mil mortos.
O comunicado do primeiro-ministro de Israel foi difundido no mesmo dia em que o Supremo Tribunal israelitas está a decisão de Benjamin Netanyahu sobre a demissão do chefe da agência de segurança e informações do país (Shin Bet).
As audiências de hoje preparam o terreno para o mais recente confronto entre Netanyahu e o poder judicial.
Qualquer decisão tomada por Netanyahu é suscetível de aprofundar a divisão em Israel sobre o poder dos tribunais israelitas.
Os críticos afirmam que a decisão de demitir Ronen Bar, responsável do Shin Ben, constitui um conflito de interesses, porque o organismo está a investigar as ligações suspeitas de corrupção que envolvem o gabinete de Netanyahu e o Qatar.