O cabeça de lista da IL às eleições antecipadas da Madeira, Gonçalo Maia Camelo, disse hoje que o partido é a “melhor garantia” para criar um governo estável na região e sublinhou que as suas propostas são “diferenciadoras”.
“Nós somos a melhor garantia para que exista um governo na Madeira sem Miguel Albuquerque e consequentemente um governo estável”, afirmou, referindo-se ao líder social-democrata madeirense e chefe do executivo regional.
O candidato considerou que esta possibilidade será ainda “mais real e forte” se a Iniciativa Liberal, atualmente com um deputado no parlamento regional, eleger um grupo parlamentar.
Gonçalo Maia Camelo falava aos jornalistas no decurso de um convívio com os candidatos do partido às eleições antecipadas do dia 23 na região, num bar no Funchal, no qual participou o líder nacional, Rui Rocha.
“Entendemos que merecemos a confiança dos madeirenses e estamos a trabalhar nesse sentido. Estamos a fazer uma campanha honesta, a apresentar propostas”, disse, realçando, por outro lado, que também é clara a sua posição relativamente a entendimentos futuros com outros partido e soluções de governo.
“Portanto, os madeirenses serão os nossos juízos”, reforçou.
Antes, Rui Rocha tinha já explicado aos jornalistas que a IL está disponível para viabilizar uma solução de centro-direita na Madeira, inclusive em parceria com o PSD, mas sem Miguel Albuquerque.
Gonçalo Maia Camelo considera que os madeirenses estão cansados de eleições e afirmou que o objetivo da Iniciativa Liberal é acabar com o “ciclo de incerteza e de instabilidade” e trazer reformas à região.
“A Madeira está em gestão corrente há dez anos, num sistema que parou a Madeira e que está fechado sobre si próprio. A nossa intenção é, efetivamente, garantir estabilidade com as reformas que a Madeira precisa”, disse, argumentado que as cinco décadas de governação social-democrata colocaram a região na cauda da Europa.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).