BE insiste que produção de riqueza tem de ter reflexo na vida das pessoas

A candidatura do BE às eleições antecipadas na Madeira esteve hoje de manhã em frente a um hipermercado no Funchal, onde defendeu que a produção de riqueza na região tem de ter reflexo na vida das pessoas.

“Nos últimos três anos, as famílias madeirenses tiveram um brutal aumento do custo de vida, e isso traduz-se também no cabaz básico alimentar”, realçou a candidata Dina Letra, referindo que, em 2022, o cabaz básico rondava os 180 euros e atualmente ultrapassa os 230 euros.

A porta-voz da candidatura na iniciativa de hoje apontou que, ao longo dos últimos três anos, se tem registado um aumento generalizado do custo de vida, com “um aumento muito significativo das taxas de crédito de habitação”, representando “um empobrecimento das famílias, dos mais desfavorecidos, mas também, e principalmente, da classe média, que é quem tem mais sofrido este impacto”.

Por outro lado, verifica-se “um aumento constante da riqueza que é produzida na Madeira”, que atingiu sete mil milhões de euros de Produto Interno Bruto (PIB), “como se vangloria Miguel Albuquerque”, presidente do Governo Regional (PSD), assinalou a candidata.

“E temos também um aumento da receita fiscal, que é aquilo que o Estado, que o Governo Regional arrecada com os impostos que todos nós pagamos, de mais de mil milhões de euros. E, portanto, tudo isto tem de ter reflexo na vida das pessoas e não é isso que tem acontecido”, lamentou Dina Letra, que ocupa o segundo lugar na lista encabeçada por Roberto Almada.

“A economia tem crescido, tem-se produzido riqueza, mas as pessoas vivem pior. Não é assim que nós queremos, não é assim a Madeira que nós precisamos e queremos para agora e para o futuro”, reforçou.

E, “perante tudo isto”, acrescentou a candidata, os executivos liderados pelo PSD e Miguel Albuquerque têm mantido “os benefícios fiscais aos grandes grupos económicos, onde se destaca o grupo Pestana, que recebe do erário público, ou seja, dos impostos de todos nós, mais de 20 milhões de euros por ano”.

A coordenadora do BE/Madeira destacou igualmente que o executivo social-democrata “mantém o monopólio do transporte de mercadorias” detido pelo grupo Sousa, “que paga muito pouco pela utilização exclusiva ou quase exclusiva do Porto do Caniçal”.

O Bloco considera necessário reduzir impostos, como o IVA na eletricidade e no gás, “que são bens essenciais na vida de toda a gente”, e aumentar salários, frisou Dina Letra, acompanhada de Roberto Almada e da ex-coordenadora do BE Catarina Martins.

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