Força Madeira diz que alternância política é única solução para combater corrupção

A candidatura da coligação Força Madeira (PTP/MPT/RIR) disse hoje que a criação de um gabinete de combate à corrupção teria um custo mensal de 10 mil euros e que só a alternância política pode servir para combater este problema.

“Há partidos que pedem um gabinete de combate à corrupção, esse gabinete custa 10 mil euros por mês, esses 10 mil euros podem ser empregues noutros locais para ajudar a população”, afirmou Válter Rodrigues, dirigente do Movimento Partido da Terra (MPT) e o segundo na lista da coligação.

A Força Madeira esteve hoje junto de um supermercado de uma cadeia nacional no centro do Funchal e defendeu que a Madeira precisa é de “uma alternância política” e de uma “fiscalização melhor dos deputados”.

Segundo o candidato, é preciso “aplicar medidas” para os madeirenses poderem auferir de ordenados médios e produtos alimentícios melhores.

Isto porque a Madeira é “a região mais pobre de Portugal”, os produtos alimentícios “são dos mais caros” e os “ordenados médios são dos mais baixos praticados em Portugal”, sustentou.

“Como é que sem uma alternância política vamos ter melhores condições de vida? É impossível neste momento”, frisou o candidato.

Questionado sobre as medidas preconizadas pela coligação para combater estes problemas, Válter Rodrigues referiu ser necessário “ter a livre concorrência nos portos, que vai baixar grande parte dos transportes e trazer produtos mais baratos”.

Outra das medidas que defendeu é a região voltar a ter uma ligação marítima em “ferry e carga rolada, que também vai trazer produtos frescos à região como já teve noutros tempos”.

“Sabemos que, se continuarmos com estas prioridades, vamos ter empresas com mais força para poderem pagar melhores ordenados”, acrescentou.

O candidato mencionou ainda que a percentagem que as empresas privadas de Imposto Sobre os Rendimentos de Pessoas Singulares (IRS) precisa ser alterada porque uma empresa que paga 1.100 euros a um funcionário, paga na realidade 1.600 euros porque tem impostos e seguros associados.

“Temos de baixar isso para poderem pagar melhor aos funcionários”, defendeu.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

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