Médio Oriente: Hamas anuncia início de negociações indirectas para tréguas em Gaza

s islamitas palestinianos do Hamas anunciaram hoje o início, em Doha, de negociações indiretas sobre a continuação da trégua com Israel na Faixa de Gaza.

“Começou uma nova ronda de negociações sobre o cessar-fogo” e “esperamos que (esta) conduza a progressos tangíveis para o lançamento da segunda fase”, declarou um alto responsável do movimento islamita palestiniano, Abdel Rahamane Shadid, em comunicado.

O grupo espera que, assim, se abra “caminho para o fim da agressão, a retirada das forças de ocupação (israelitas) da Faixa de Gaza e a finalização do acordo de troca de prisioneiros”.

Uma delegação israelita chegou segunda-feira a Doha, liderada pelo coordenador para os assuntos dos reféns, Gal Hirsch, integrando ainda funcionários do serviço de segurança interna e pelo conselheiro do primeiro-ministro israelita Ofir Falk.

O Hamas confirmou que as negociações começaram hoje e garantiu que as aborda “de uma forma responsável e positiva, incluindo conversações com o enviado presidencial dos Estados Unidos para os assuntos dos reféns (Adam Boehler)”.

Após conversações sem precedentes entre os dois grupos – os EUA nunca tinham mantido conversas diretas com o Hamas, que Washington considera uma organização terrorista desde 1997 – a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, negou quinta-feira que estivessem a decorrer negociações.

A mesma fonte disse que a exigência continuava a ser a de que o grupo islamita fosse retirado da Faixa de Gaza para se encontrar uma saída para o conflito.

O Hamas pediu aos mediadores que “pressionem (o primeiro-ministro israelita) Netanyahu e o seu governo extremista” para que cumpram o que foi acordado e reabram as passagens para a chegada de ajuda humanitária”.

O acordo de tréguas prevê três fases no âmbito do conflito com origem no ataque dos islamitas palestinianos a 07 de outubro de 2023, que provocou, segundo Telavive, 1.200 pessoas e feitos cerca 250 reféns.

O exército israelita respondeu com uma ofensiva em Gaza que se prolongou por mais de 15 meses e causou mais de 48 mil mortos, segundo as autoridades palestinianas.

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