Nova Direita defende construção modular para resolver problema da habitação

A candidatura da Nova Direita às eleições antecipadas na Madeira defende o recurso à construção modular como forma de resolver rapidamente e a baixo custo o problema da falta de habitação na região autónoma.

“A nossa proposta baseia-se nessa construção modular. Em seis meses as pessoas têm um apartamento na mão e vamos vender às pessoas que puderem comprar com o preço de custo”, disse o cabeça de lista do partido, Paulo Azevedo, considerando que um T2, por exemplo, não ultrapassará os 70 mil euros.

O candidato defende que o Governo Regional deve, depois, funcionar como fiador, garantindo o acesso mais fácil ao crédito bancário.

Paulo Azevedo falava no âmbito de uma visita da candidatura ao bairro social da Nogueira, na freguesia da Camacha, concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira.

“Acho que esta é a solução mais rápida e não podemos estar a culpar o alojamento local ou as casas fechadas”, disse, sublinhando que “o problema da habitação não é só a falta de casas”, mas os custos associados a todo o processo, a começar pelo projeto e pelos empréstimos bancários.

De acordo com o cabeça de lista da Nova Direita, a construção modular é também uma forma de contornar a falta de mão-de-obra na região, circunstância que diz inviabilizar a construção rápida de 500 ou 1.000 apartamentos convencionais, como defendem outras forças políticas.

Paulo Azevedo garante que a construção modular, além de ser mais barata, requer menos mão-de-obra, e mencionou, como exemplo, um hotel de 72 quartos, construído no Funchal nesses moldes em apenas seis meses.

“O objetivo [da campanha] é mostrar às pessoas que a Nova Direita está na rua e está na Madeira para fazer a política daquilo que as pessoas necessitam”, disse, acrescentando que o partido recusa a “política de promessas” e aposta numa “política com propostas para resolver rapidamente os problemas das pessoas”.

As legislativas da Madeira de 23 de março, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário do PSD, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

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