O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, manifestou-se hoje favorável à apresentação de uma moção de confiança por parte do primeiro-ministro, defendendo que Luís Montenegro não pode continuar a ser “cozido em lume brando”.
“Neste momento, temos de pôr todas as cartas na mesa. O que não podemos estar sujeitos é o governo e o primeiro-ministro estar a ser cozido em lume brando, e cada partido tem que assumir as suas responsabilidades”, afirmou Miguel Albuquerque.
O presidente do executivo madeirense falava aos jornalistas à margem da entrega de uma carrinha a uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), no concelho de Câmara de Lobos.
Albuquerque disse ser “ultra favorável a esta circunstância de o Governo apresentar neste momento uma moção de confiança”.
“Se não, vamos estar num impasse durante meses e meses a discutir qual o hotel em que o primeiro-ministro ficou, se ficou em cinco estrelas, se ficou em quatro, se tem a casa em obras”, acrescentou.
Para o presidente do Governo Regional da Madeira, é preferível a realização de eleições antecipadas do que o país continuar num “impasse que não leva a nada” e “a discutir situações bizarras”.
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo parlamento, “não tendo ficado claro” que os partidos dão ao executivo condições para continuar.
“Avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança”, afirmou Luís Montenegro , na Assembleia da República, na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP para “travar a degradação da situação nacional”, 12 dias depois de responder a outra do Chega, com origem na situação da empresa familiar do primeiro-ministro.