A Presidência da Rússia acusou hoje a Europa de querer manter as hostilidades na Ucrânia e reiterou disposição face às conversações com os Estados Unidos sobre o conflito.
“Os europeus continuam a seguir o caminho de continuar a guerra”, acusou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em declarações aos jornalistas.
“Esta convicção dos europeus está em total contraste com o desejo de encontrar um acordo sobre a Ucrânia, que é o que estamos a fazer atualmente com os norte-americanos”, acrescentou Peskov.
Hoje assinala-se o terceiro ano do ataque militar de grande escala da Rússia contra a Ucrânia.
Entretanto, o chefe da diplomacia russa afirmou hoje que Moscovo não vai parar os combates na Ucrânia enquanto não obtiver o que pretende das negociações sobre o fim da guerra referindo-se aos contactos com os Estados Unidos.
“Só cessaremos as hostilidades quando estas negociações produzirem um resultado firme e duradouro que seja aceitável para a Federação Russa”, afirmou Sergei Lavrov à imprensa, durante uma visita a Ancara, na Turquia.
Moscovo exige que o exército ucraniano se renda, que Kiev lhe ceda cinco regiões total ou parcialmente ocupadas, que renuncie à adesão à Aliança Atlântica e que sejam criadas novas autoridades.
O Kremlin espera que estas exigências sejam bem sucedidas, tendo em conta a mudança de rumo dos Estados Unidos com o regresso ao poder de Donald Trump, que adotou este mês uma posição diferente em relação a Kiev.
Moscovo e Washington iniciaram um diálogo para uma solução para o conflito sem convocar a Ucrânia ou os países europeus para as discussões.