A Google atualizou hoje as suas diretrizes éticas sobre a utilização da Inteligência Artificial (IA) e excluiu o compromisso de não aplicar a tecnologia em aplicações relacionadas com armas ou vigilância que violem normas internacionais.
A redação anterior, disponível até à semana passada no Internet Archive, incluía aplicações que a empresa evitaria utilizar como “tecnologias que causam ou são susceptíveis de causar danos gerais”, incluindo armas, em conformidade com os princípios internacionais dos direitos humanos.
As alterações e a nova visão da empresa para os seus princípios de IA foram explicadas na terça-feira no blogue da empresa, numa declaração assinada pelo chefe de IA da Google, Demis Hassabis, e pelo vice-presidente sénior de tecnologia e sociedade da empresa, James Manyika.
A Google acredita que “as democracias devem liderar o desenvolvimento da IA, guiadas por valores fundamentais como a liberdade, a igualdade e o respeito pelos direitos humanos”, refere o documento.
“E acreditamos que as empresas, os governos e as organizações que partilham estes valores devem trabalhar em conjunto para criar uma IA que proteja as pessoas, promova o crescimento global e apoie a segurança nacional”, acrescenta.
A nova atualização incluirá disposições segundo as quais a empresa recorrerá ao controlo humano e terá em conta a cooperação dos utilizadores para garantir que a sua tecnologia é utilizada de acordo com “princípios amplamente aceites do direito internacional e dos direitos humanos”.
A China anunciou na terça-feira a abertura de uma investigação à Google na sequência da imposição de tarifas ao país por parte dos Estados Unidos.
Os serviços de pesquisa e de Internet da Google para os consumidores estão indisponíveis na China desde 2010, embora a empresa mantenha operações no país, principalmente em torno do seu negócio de publicidade.
O Presidente Donald Trump anunciou uma vaga de investimentos até 500 mil milhões de dólares (488 mil milhões de euros) em empresas tecnológicas para apoiar a construção de infraestrutura de IA.
Este projeto avançado por Trump vai ser formado pela OpenIA, SoftBank e Oracle, que terá início com um investimento num centro de dados no Texas, sul dos Estados Unidos, expandindo-se depois a outros estados.