Avião da Ryanair colide com aves ao aterrar em Ponta Delgada

Um avião Boeing-737 da companhia aérea Ryanair proveniente de Lisboa sofreu esta terça-feira um ‘bird stryke’ (colisão com aves) quando aterrava em Ponta Delgada, nos Açores, não tendo sofrido danos significativos, foi hoje revelado.

Fontes aeronáuticas disseram à agência Lusa que o acidente não causou grandes danos no motor atingido, tendo o avião já regressado a Lisboa.

Trata-se do segundo acidente deste tipo em menos de um mês no aeroporto de João Paulo II, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Em 06 de janeiro, um Airbus A320 da SATA colidiu com um “bando significativo” de gaivotas durante uma descolagem em Ponta Delgada, obrigando a aeronave a declarar emergência e a regressar ao aeroporto, reportando problemas nos dois motores.

Segundo revelaram várias fontes aeronáuticas à Lusa, aquele A320, com destino a Lisboa, descolou às 13:40 do Aeroporto João Paulo II, mas “imediatamente após a descolagem declarou emergência devido ao embate num bando significativo de gaivotas”, tendo a aeronave prosseguido para a aterragem, o que aconteceu, em segurança, 18 minutos depois, “reportando problemas nos dois motores”.

O avião da SATA só voltou a ficar operacional em 15 de janeiro.

Nessa ocasião, fontes da aviação alertam para o facto de os controladores aéreos não conseguirem visualizar toda a pista de Ponta Delgada, pois à frente da torre de controlo foi construído o quartel dos bombeiros que prestam serviço no aeroporto.

Os controladores aéreos apenas conseguem ver o início e o fim da pista, sendo o resto da mesma visível apenas através de um sistema de CCTV – Circuito Fechado de Televisão, o que, segundo estas fontes, não permite aos controladores aéreos observarem devidamente a eventual presença de aves, “o que diminuiu significativamente a segurança da operação”.

Questionado sobre esta situação, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários sublinha que “o processo de deteção, controlo e mitigação de riscos de vida selvagem nos aeródromos é assegurado por várias fontes de informação em que o ATC [controlador aéreo] é uma parte importante”.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *