A artista plástica Susana Figueira é a segunda convidada da coordenação da Galeria Espaço Mar, da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, no presente ano letivo, a expor no referido estabelecimento de ensino, o que acontece já na próxima quinta-feira, dia 30 de janeiro, às 18h00.
Nascida na África do Sul, mais concretamente em Durban, Susana Figueira vive e trabalha atualmente em Portugal continental, mas aceitou o desafio lançado pela coordenação da Galeria Espaço Mar para apresentar “Carnaval”, naquela que é uma criação artística, onde a convidada aborda analogias e temáticas situadas entre o fantástico e o imaginário medieval, incorporando o grotesco em seres lúdicos que exploram a ironia das relações sociais num contexto popular religioso e profano.
Com a segunda exposição do presente ano letivo, a coordenação da Galeria Espaço Mar acredita que o seu trabalho contribuirá significativamente para enriquecer o cenário cultural da nossa comunidade escolar, social e artística, pelo que a sua participação será uma oportunidade única para os visitantes do referido espaço cultural sediado na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco conhecerem o seu trabalho.
“Susana Figueira apresenta-nos “Carnaval”, a concentração do seu mais recente trabalho numa reunião de obras que consistem no jogo particular, organizado e sarcástico entre o belo, o absurdo e a burla, situando como epicentro uma dinâmica de púlpitos encimados por pregadores que na sua condição superior e patética nos interpelam com as suas presenças desajeitadas, elegantes e perturbadoras que inseridos nesta pequena e ornamentada arquitetura, são uma vez mais, a prova da sua exploração pictóricado horror vacui”, lê-se numa nota enviada à redação.
Refira-se que, ao longo da sua carreira, Susana Figueira tem desenvolvido uma prática artística de investigação/produção que parte da história do grotesco, mais precisamente desde o cerne da pintura dos retábulos medievais (em especial, obras do gótico valenciano) que passam pela recuperação estética de motivos medievais e/ou góticos reclamando uma atenção especial, quer no fino detalhe, quer no enquadramento da rica história do comportamento humano que, na nossa opinião, é de uma contemporaneidade complexa e pouco assumida.