Uma explosão ocorreu hoje num cargueiro com bandeira de Hong Kong que navegava em direção a norte no Mar Vermelho, provocando um grande incêndio que obrigou a tripulação a abandonar a embarcação, informaram responsáveis do setor marítimo.
O navio ficou à deriva e em chamas a cerca de 225 quilómetros da costa de Hodeida, uma cidade portuária no Iémen controlada pelos rebeldes Huthis, afirmou o Diaplous Group, uma empresa de segurança marítima.
Ainda está por explicar o que causou o incêndio no navio que navegava no Mar Vermelho, que tem sido cenário frequente de ataques dos rebeldes xiitas pró-iranianos Huthis.
Na semana passada, os rebeldes iemenitas afirmaram que iriam limitar os seus ataques após o cessar-fogo firmado entre Israel e os seus aliados palestinianos do Hamas, depois de 15 meses de guerra na Faixa de Gaza.
Os Huthis ainda não comentaram o incidente.
A embarcação foi abandonada e a tripulação foi posteriormente resgatada sem que alguém tivesse ficado ferido, disse outro responsável do setor marítimo à agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), sob condição de anonimato.
O mesmo responsável adiantou que o navio transportava uma carga “perigosa”, mas não avançou pormenores.
O nome do cargueiro não foi divulgado.
O Mar Vermelho, ‘habitat’ de corais e vida marinha, já foi ameaçado anteriormente por navios em chamas devido aos ataques dos Huthis e ao risco de derrames de petróleo em larga escala.
Os ataques dos Huthis, iniciados em novembro de 2023 na sequência do conflito em Gaza, reduziram para metade o número de navios que transitam pelo corredor do Mar Vermelho, uma rota crucial para o transporte de matérias-primas e de mercadorias entre a Ásia e a Europa.
Apesar da promessa dos Huthis de limitar os ataques, as empresas de transporte marítimo continuam a evitar a rota devido aos riscos.
Antes dos ataques, passavam pela região todos os anos mercadorias no valor de cerca de 1.000 bilião (milhão de milhões) de dólares (cerca de 960.000 milhões de euros, ao câmbio atual).