O Museu Etnográfico da Madeira (MEM), espaço tutelado pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, promove, no próximo dia 25 de janeiro, sábado, a sexta oficina no âmbito do projeto ‘Onde Vive a Lã’.
A atividade, sob o tema ‘Laboratório de Lã’ realiza-se entre as 11 horas e as 12h30 e as 13h30 e as 16 horas de sábado.
O público-alvo são adultos, ligados às áreas de design e artes plásticas, estando as inscrições (gratuitas) limitadas a 6 participantes.
As inscrições devem ser feitas através do email semuseuetnografico@gmail.com ou do telefone número 291145326.
A formadora será Irina Andrusko, natural da Estónia, chegou à Madeira através de um projeto de voluntariado ambiental e decidiu permanecer. Fundou a marca Oh Lã Lã Fiber Lab e é membro do Coletivo Enfia o Barrete.
Irina funde a sua formação em linguística, com a criação artística, no campo têxtil. Tal como uma língua é formada por elementos básicos que dão origem a significados complexos, também a lã, enquanto matéria-prima, é trabalhada desde o seu estado bruto, até ser transformada em peças, que comunicam identidade e cultura. Atualmente, dedica-se ao estudo prático da lã madeirense, procurando desenvolver soluções para o aproveitamento desta matéria-prima.
A oficina destina-se àqueles que gostariam de trabalhar com lã regional e conhecer as suas potencialidades. Serão exploradas várias ferramentas, de preparação da lã, para trabalhos têxteis. Trata-se assim de uma atividade dedicada à exploração da lã como um material sustentável e ecológico, numa perspetiva mais contemporânea .Não é uma oficina para criar um produto específico; é mais um ponto de partida para o trabalho criativo, usando a lã como base. Recorde-se que, a 17 de outubro de 2024, foi inaugurada a exposição temporária, ‘Onde a Lã Vive’, MEM.
Trata-se de uma exposição temporária, que se insere num projeto mais vasto, que tem sido desenvolvido, nos últimos anos, pelo MEM, o qual, para além do projeto expositivo, procura contemplar outras vertentes de divulgação cultural.
Este ano, o projeto resulta de uma parceria com o Coletivo Enfia o Barrete (Irina Andrusko e Luz Ornelas) e teve, ainda, a colaboração da escritora Rafaela Rodrigues. É o resultado da recolha e estudo prático à volta de dois rebanhos em regime silvipastoril (ACGSP), duas fiandeiras de lã Isabel da Eira e Isabel Ferreira e o repertório de tricot/malhas. Tem como objetivo dar a conhecer a lã, uma matéria-prima regional, ao longo do seu ciclo completo, desde a pastagem até à sua transformação em objeto. Até ao primeiro trimestre do corrente ano haverá várias atividades de divulgação, nomeadamente outras oficinas, relacionadas com este projeto.