Os vereadores da Coligação Confiança denunciam, “a forma errática e irresponsável como a Câmara Municipal do Funchal tem sido gerida pelo executivo do PSD”.
Segundo a coligação ‘Confiança’, as últimas propostas levadas as votações refletem um padrão de decisões tomadas em cima do joelho, sem planeamento e sem um mínimo de coerência estratégica. O que deveria ser uma governação responsável e previsível tornou-se uma gestão à mercê dos interesses do momento, com aplicação arbitrária das regras e critérios que variam conforme o freguês. Felizmente, este mandato está na sua reta final.
Em matéria de urbanismo, a Confiança votou contra mais uma alteração de alinhamentos na Planta da Cidade para acomodar um projeto imobiliário na Rua dos Ilhéus. Este é mais um exemplo da política do “quem pode, pode” que tem marcado este executivo: o que antes era impossível, agora é permitido por conveniência. A anulação esporádica de alinhamentos não só promove a especulação imobiliária, como mina qualquer seriedade na gestão do território. O ordenamento da cidade deveria obedecer a critérios claros e previsíveis, mas esta maioria governa ao sabor do vento, favorecendo interesses particulares em detrimento do bem comum.
No setor cultural, a proposta de criação da Galeria Impulso demonstra a mesma falta de visão. A Confiança absteve-se, não porque discorde da valorização dos artistas, mas porque esta iniciativa nasce da destruição do Viveiro de Lojas, um projeto de sucesso encerrado sem qualquer alternativa para os empreendedores que ali trabalhavam. Além disso, o regulamento da galeria está mal definido, os critérios de seleção são pouco claros e a sustentabilidade do projeto a longo prazo é inexistente. O executivo avança sem escutar os artistas, sem garantir transparência e sem sequer demonstrar um mínimo de planeamento estruturado.
Já no que toca à política de mobilidade, a definição das tarifas de um novo parque de estacionamento na Estrada Monumental levanta sérias dúvidas. A Confiança absteve-se porque, mais uma vez, falta estratégia e estudo. Qual o impacto desta decisão na mobilidade? Como se encaixa no planeamento da cidade? Quais os benefícios reais para os cidadãos? Nada disto foi devidamente analisado, e a pressa em aprovar medidas sem bases sólidas reflete bem a falta de rumo da governação PSD.
Perante este cenário, a Confiança continuará a denunciar esta gestão caótica e irresponsável, exigindo maior transparência, planeamento e políticas públicas que verdadeiramente sirvam os interesses do Funchal e dos seus habitantes. A cidade precisa de visão estratégica, e não de um executivo que gere os seus destinos ao sabor das circunstâncias.