PS defende aumento das carreiras e das frequências dos transportes públicos

O PS-Madeira acusa o Governo Regional de ser incapaz de implementar as soluções sólidas e eficazes necessárias para o setor dos transportes públicos terrestres na Região, aludindo aos problemas que os utilizadores da rede ‘Siga’ têm enfrentado e que ontem foram destacados pelo DN-Madeira, além de também já terem sido noticiados pelo JM.

Os socialistas, pela voz da deputada Patrícia Agrela, defendem que é necessário aumentar não só as carreiras, como também a frequência das mesmas, ao mesmo tempo que urge criar uma aplicação com um sistema de informação em tempo real e que possibilite também resolver os problemas com o carregamento de bilhetes e a validação dos cartões ‘Giro’.

Como constata a parlamentar, a rede ‘Siga’ entrou em funcionamento a 1 de julho de 2024, mas, apesar de termos uma rede nova, “os problemas são praticamente os mesmos do passado”. A socialista aponta o facto de os utilizadores terem deixado de poder recarregar os bilhetes pré-recarregados nos Horários do Funchal, opção que só estará disponível a partir do final de março. “Esta situação é absolutamente inaceitável, porque prejudica de uma forma muito clara o quotidiano de inúmeras pessoas que pretendem recorrer aos transportes públicos para deslocarem-se para os seus postos de trabalho, mas também por outras necessidades pessoais”, afirma Patrícia Agrela, considerando que este é um exemplo paradigmático da ausência de uma estratégia clara e concertada para resolver os problemas que existem neste domínio.

Outro problema tem a ver com a ausência e a baixa frequência de carreiras, o que faz com que, em horários de ponta, muitas pessoas acabem por ficar prejudicadas e não consigam apanhar autocarro. Como nota a deputada, não foi cabalmente salvaguardado que, perante a gratuitidade dos transportes públicos em determinados segmentos etários, pudesse verificar-se um aumento dos utilizadores. “Esta situação teria de ser previamente acautelada e isto só será possível se tivermos a capacidade de aumentar o número de frequências nas carreiras em horários de ponta, mas, igualmente, aumentar e fomentar mais carreiras”, sustenta, considerando que “vergonhoso que existam utilizadores que estão a pagar pelos seus passes e não consigam deslocar-se para os locais que pretendem, pela simples razão de que não há capacidade em termos de carreiras”.

Patrícia Agrela critica também as declarações do presidente do Instituto de Mobilidade Terrestre da Madeira, Rui Gonçalves, que afirmou não estar previsto o aumento das carreiras para colmatar estas falhas. “Este é mais um sinal demonstrativo de como o Governo Regional apresenta sempre soluções frágeis, instáveis, muito pouco sólidas, em vez de ajudar a encontrar efetivamente respostas para os desafios emergentes, como é o problema da mobilidade”, declara. “É um Governo Regional que reage aos problemas, mas que não é capaz de prevenir, acautelar e assegurar que todos os madeirenses que utilizem os transportes públicos consigam dispor de um serviço de qualidade”, acrescenta.

A socialista lamenta ainda que o Instituto de Mobilidade Terrestre tenha sido criado, mas os problemas se mantenham inalterados, o que, reforça, “é a demonstração clara de como este Governo Regional está esgotado, sem soluções e não acrescenta mais nada à Região Autónoma da Madeira”.

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