JPP diz que altas problemáticas são exemplo de “incompetência” do Governo de Albuquerque

A ausência de decisões políticas dos governos de Miguel Albuquerque, do PSD e do parceiro CDS para responder ao problema das crónicas altas problemáticas, “é um exemplo contundente da incompetência que grassa no setor da Saúde e da Segurança Social”, declarou esta sexta-feira a presidente do Juntos Pelo Povo (JPP), Lina Pereira.

A dirigente partidária, num encontro com a comunicação social, não escondeu a sua indignação pelas declarações recentes do presidente do Conselho de Administração do SESARAM (Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira), Herberto Jesus.

Para o JPP, Herberto Jesus, falando acerca das 230 camas hospitalares ocupadas por doentes com alta clínica mas que continuam a precisar de cuidados de saúde, procurou colocar a responsabilidade pelo problema nos ombros das famílias, concluindo que “se nós todos fizéssemos o nosso papel na sociedade, isto tudo corria muito bem”.

“Lina Pereira não concede que o Governo Regional e o SESARAM ‘empurrem’ para os utentes e as famílias a responsabilidade pelo problema das altas hospitalares, quando são os sucessivos governos PSD que nunca investiram numa unidade de cuidados de saúde intermédios, nem de cuidados paliativos, lares ou residências para idosos, nem disponibiliza o apoio necessário às famílias que queiram cuidar dos seus idosos em casa”, pode ler-se numa nota enviada às redações pelo partido.

“É o Governo que tem falhado, não são as famílias nem os utentes, se o Governo não cria nem as condições nem as infraestruturas para que as famílias possam cuidar dos seus idosos, é o Governo que não cumpre o seu papel, logo não pode falar em ‘todos nós’ quando ele próprio esquece-se que tem o papel principal”, frisa a dirigente partidária e deputada, citada na mesma nota.

“Com todo o respeito devido aos profissionais de saúde que se vêm condicionados na sua ação diária pela ocupação de mais de 230 camas por estes utentes, a verdade é que, o principal responsável por não fazer o seu ‘papel’ é o próprio Governo Regional que, nos últimos anos, relegou para segundo plano, políticas efetivas que evitassem chegar a esta situação”, refere.

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