“É com muita revolta que o Partido Reagir Incluir Reciclar tem tomado conhecimento das notícias vindas a público sobre o estado em que se encontram os serviços de saúde públicos da Região Autónoma da Madeira. Até a nível nacional, é noticia o adiamento de cirurgias devido à falta de camas nos serviços de internamento dos hospitais afetos ao SESARAM”, manifesta, em comunicado, a coordenadora do partido, Liana Reis.
Acusando os partidos com representação na ALRAM de se focaram na obra do novo hospital, questiona “onde estão as medidas de resolução?”. “Agora que o caos está instalado é ver esses ditos partidos da oposição armados em bons samaritanos a apontarem responsabilidades a este (des)governo de Miguel Albuquerque. Mas esquecem-se é que todos eles são culpados!”, acusa.
”Ficaram por preencher as 200 vagas para enfermeiros no SESARAM anunciadas por Pedro Ramos em 2024. Mas afinal, com o Orçamento de 2025 em duodécimos, (quando esta medida referia-se ao OR2024), terão os madeirenses de se contentar com cerca de 80 enfermeiros…isto se o Secretário Regional da Saúde não se lembrar de outra desculpa para a não concretização do procedimento contratual assinado ontem pelo presidente do SESARAM”, recorda, aditando ainda os enfermeiros doentes, as situações de altas problemáticas por resolver e atraso nos pagamentos aos fornecedores, bem como as falhas no transporte de doentes não urgentes.
”Não serão estas situações preocupantes e com necessidade de resolução urgente? Estarão Miguel Albuquerque e Pedro Ramos tão cegos pelo poder que não se apercebem que batemos bem no fundo do poço a nível da saúde pública?”, indaga, criticando que “gastam-se verbas exorbitantes em brindes, em substituição de material informático que tinha sido distribuído pelos serviços após o ataque informático, em ecrãs gigantescos para supostas videoconferências, em plasmas por certos serviços”.
”Para o Partido Reagir Incluir Reciclar, com a evolução da medicina e da indústria farmacêutica é certo que o orçamento para a área da saúde é passível de alterações, por isso falhas de pagamento aos fornecedores e desculpas por parte do Presidente do SESARAM Herberto Jesus de que os utentes também têm culpa na falta de camas é simplesmente vergonhoso e inadmissível! Tenha juízo e não se enterre com desculpas indesculpáveis, pois toda esta situação é devido ao acumular de sucessivas décadas de má gestão governamental!”, remata.