O Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), através do dirigente Juan Ascensão, expressa em comunicado que “o contacto, o diálogo e a proximidade dos dirigentes sindicais com os enfermeiros é um desígnio fundamental da atividade sindical, pelo que o sindicato de acordo com o quadro legal em vigor informou adequadamente o SESARAM da passagem que esta a efetuar pelos serviços inclusive o serviço de urgência, num momento de sobrecarga de trabalho para todos os enfermeiros que exercem no respetivo serviço”.
“O SERAM não vira as costas aos enfermeiros quando estes estão em dificuldades, pelo que a visita ao serviço de urgência permitiu constatar as complicações que o serviço atualmente atravessa, assim como ouvir as reclamações dos enfermeiros decorrentes da difícil realidade laboral”, sublinha.
Vincando que a passagem pelos vários serviços do SESARAM “é sempre cuidadosamente planeada para não interferir com o funcionamento dos respetivos serviço”, o órgão sindical rebate que os constrangimentos no serviço de urgência, “decorrem sim da crónica situação criada pelo Serviço Regional de Saúde, da falta de profissionais nomeadamente enfermeiros, da falta de medicamentos, de equipamentos e outros bens, das dificuldades em responder em tempo útil as reclamações dos utentes”.
“Condenável é a falta de planeamento para dar as devidas respostas na prestação de cuidados de saúde pré e pós hospitalar aos cidadãos, evitando a sobrecarga do serviço de urgência”, aponta Juan Ascensão, garantindo que, “em momento algum, a visita do SERAM interferiu com o normal e regular funcionamento do serviço de urgência”.
Por fim, diz que é “estranha” a “indignação” suscitada, “porque o SESARAM não harmoniza o seu posicionamento com outras visitas de idêntica magnitude, pressupondo uma intencionalidade sem nexo”.