A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) considerou hoje que a aplicação plena do acordo entre Israel e o Hamas é crucial para alcançar uma maior estabilidade na região do Médio Oriente.
O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e de libertação de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos entra em vigor no domingo, véspera do dia em que Donald Trump sucede a Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos.
O Representante Especial da NATO para a Vizinhança Sul, Javier Colomina, afirmou que a organização acolheu o acordo anunciado na quarta-feira “com satisfação”.
Colomina valorizou o papel do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos na negociação de um acordo “que traz esperança à região” do Médio Oriente.
O diplomata espanhol insistiu que a “plena aplicação” do acordo é agora crucial.
Será “um primeiro passo para uma maior estabilidade no Médio Oriente”, afirmou, citado pela agência espanhola Europa Press.
O acordo, alcançado após meses de conversações, será dividido em três fases, a primeira das quais com a duração de 42 dias.
Durante esse período, será verificada a cessação das hostilidades, a retirada das tropas israelitas para a fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.
A segunda fase implicará a distribuição de ajuda humanitária “segura e eficaz” em grande parte da Faixa de Gaza, devastada após mais de 15 meses de ofensiva israelita.
Serão igualmente efetuadas reparações nas instalações sanitárias e será permitida a entrada no enclave de abastecimentos civis e de combustível.
À medida que a primeira fase for sendo certificada, serão divulgados mais pormenores sobre a segunda e a terceira fases do pacto, segundo a Europa Press.
Israel lançou a ofensiva contra Gaza na sequência dos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, que causaram a morte de quase 1.200 pessoas e o rapto de cerca de 250, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo grupo extremista Hamas.
Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.