Chega denuncia “censura e falta de democracia” em obra do novo hospital

O Chega-Madeira, em comunicado assinado por Miguel Castro, diz que “condena veementemente o impedimento, por parte da construtora responsável pela obra do novo hospital da Madeira, de acesso à área pública da construção para a realização de uma conferência de imprensa”. “Este ato de censura é mais um exemplo da ditadura que se vive na Madeira, onde um sistema arrogante e abusivo se acha ‘dono disto tudo’ e desrespeita, reiteradamente, a democracia e os direitos fundamentais”, critica o deputado.

Mais observa Miguel Castro que “os deputados têm o dever e o direito, consagrados no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, de fiscalizar atos governativos e de defender os interesses do povo madeirense”. Estes direitos incluem, segundo o dirigente do partido, “o acesso a zonas que, embora interditas ao público em geral” e “são indispensáveis para o exercício das suas funções ou estão relacionadas com o cumprimento das mesmas”. “A obstrução ao exercício destas competências é um desrespeito institucional inaceitável e uma violação clara do princípio de transparência e de prestação de contas, pilares basilares de qualquer sociedade democrática”, adita.

O Chega pretendia alertar para uma das “mais gritantes dualidades deste governo liderado por Miguel Albuquerque”. “Num lado, ameaças constantes de paragem de uma obra essencial e de utilidade pública como o novo hospital, um projeto que deveria estar ao serviço da saúde dos madeirenses. No outro lado, vemos investimentos sem hesitação em luxos e lazer, como o campo de golfe na Ponta do Pargo. Estas escolhas revelam as prioridades de um governo que parece desprezar as necessidades reais do povo para favorecer interesses obscuros”, disse.

“É inadmissível que o responsável pela construtora, ao recusar “licença” de entrada, esqueça que o verdadeiro dono desta obra são os madeirenses. Quem paga esta obra é o povo, através dos seus impostos. Se a obra tem “outro dono”, então que sejam esses a pagá-la do seu bolso, porque dinheiro público deve servir o interesse público, não privados”, refere.

O Chega-Madeira exige, assim, “explicações urgentes ao Governo Regional sobre este episódio inaceitável” e questiona: “como é possível que uma obra financiada com o dinheiro de todos seja tratada como propriedade privada? Este é mais um exemplo do terrorismo político que Miguel Albuquerque exerce sobre a população, impondo um regime de medo e chantagem para encobrir a incompetência e os interesses próprios”.

Por fim, reafirma que “continuará a sua luta pela transparência, pelos interesses dos madeirenses e pela defesa intransigente da democracia, recusando silêncios cúmplices perante um governo que insiste em pisar os direitos e a dignidade de quem representa o povo”.

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