“Continuamos a viver numa escravatura”, entende o PPM

Paulo Brito, coordenador do partido, criticou os chamados recebidos verdes e o trabalho voluntário.

O PPM Madeira veio hoje afirmar que mesmo após a abolição da escravatura, que remonta a 27 de fevereiro de 1869, “continuamos a viver numa escravatura” que “evolui e arranjou outras formas de esclavagismo para continuar a explorar os trabalhadores”.

Paulo Brito, coordenador do partido, entende que embora não se veja os ‘grandes mercados de venda de escravos’, temos atualmente aquilo que designou como os “escravos dos tempos modernos”, nomeadamente de “empresas que sabem dar a volta às leis laborais de várias formas, para escravizar os trabalhadores com contratos de trabalho”.

A este respeito, deu como exemplo o caso dos recibos verdes “que só servem para engordar cada vez mais as contas bancárias dos contratantes destes serviços, pois estão isentos de pagar, férias, subsídios de férias, subsídios de Natal, e demais contribuições às finanças, Segurança Social, seguros de responsabilidade laboral”.

“E o mais grave é que são essas entidades patronais a impor o salário aos trabalhadores que se sujeitam a este tipo de salários precários com a conivência dos sucessivos Governos e dos partidos com assento parlamentar”, apontou.

Ademais, Paulo Brito refere que outro tipo de trabalho precário esclavagista – “e até usado por uns partidos que se dizem acérrimo defensores dos direitos dos trabalhadores, mas que nas suas festas na quinta da Atalaia, obrigam a que os voluntários cumpram com um horário estipulado”-, é o trabalho voluntário.

“Há um sem fim de trabalho esclavagista em pleno século XXI que se o PPM fosse a dar todos os exemplos, iríamos escrever um comunicado tão grande como a Sagrada Bíblia, com o velho e novo testamento”, afirmou, acrescentando que o o partido “sabe que os sucessivos Governos e muita entidades sindicais estão reféns dos grandes poderes económicos e isso está visto a olhos de quem quer ver, pois basta saber que muitos Deputados e Ministros quando acabam os seus mandatos na Assembleia da República, têm logo um ‘tacho’ garantido numa qualquer multinacional, ainda com um salário mais chorudo e mais mordomias das que auferem na Assembleia da República”.

Deste modo, o coordenador pede que deixem de ser “hipócritas” e “de vender a vossa banha da cobra aos trabalhadores portugueses”.

“O que vos faz falta, é chegar ao final de um dia de trabalho árduo debaixo de um sol abrasador e olharem para as vossas mãos e verem elas calejadas após um dia de trabalho e chegarem ao fim do mês é auferir em do salário mínimo nacional. Só aí é que vocês, na Assembleia irão dar o valor a quem realmente levanta a economia o País. Um feliz dia do trabalhador a quem realmente contribui todos os dias com o esforço do seu suor para trazer o pão para as suas famílias”, rematou.

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