Foi em julho de 2021 que o Ilhéu, em Câmara de Lobos, foi coroado com a inauguração de uma obra do artista Rigo 23, que veio, por breves momentos, embelezar aquele ex-líbris do concelho. Passados somente três anos e meio, a ‘Coroa do Ilhéu’ já perdeu o brilho e carece, com urgência, de manutenção.
A madeira que o reveste evidencia degradação devido à humidade, com uma tonalidade cinzenta a manchar as ripas – efeito do bolor – e o pescador nele sentado tornou-se uma escultura a preto e branco, sendo que anteriormente representava um homem moreno.
Só o interior da embarcação manteve a tinta azul (ainda que desbotada). Infelizmente, acabou, de igual modo, por vir a servir como um improvável e, certamente inapropriado, depósito de lixo, onde, entre poeiras, encontrámos copos e garrafões de plástico, maços e beatas de cigarro, algumas ervas, cabos de eletricidade cortados e sacos de batata frita consumidos.
Além do mais, o barco terá sido ‘pirateado’, não em alto mar, mas em terra firme, tendo em conta que o mastro, as cordas e a vela que antigamente ostentava desapareceram por completo.
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