JPP diz que listas de espera na saúde aumentam 80% para exames

O JPP considera que há dados sobre a prestação dos cuidados de saúde da Região que “acentuam o logro que têm sido as políticas públicas dos governos do PSD/CDS, de Miguel Albuquerque e Pedro Ramos”.

O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) recordou esta sexta-feira os números oficiais das listas de espera para os diferentes atos clínicos de 2023, conseguidos com recurso a intimação judicial, e que revelam “a crua realidade” do sistema regional de saúde.

Na análise que faz dos números do próprio Governo, obtidos pela via judicial e já disponibilizados no site do JPP, Élvio Sousa detetou um aumento de 41%, ou seja, uma subida de 65.109 mil atos médicos para 92.215 mil em listas de espera para cirurgias, consultas e exames.

“Sendo mais específico, há um acréscimo de mais 14 mil referenciações para consultas do que no ano anterior, e mais 13 mil referenciações para exames de diagnóstico, o que perfaz um aumento de mais de 80%, portanto um sinal muito evidente do falhanço governativo de Albuquerque e de Pedro Ramos”, acentuou.

Élvio Sousa aponta aos críticos dos “papelinhos” do JPP: “Para todos aqueles fanáticos do sistema que duvidem dos números, e por mais incrível que pareça dos números arrancados a ferro do próprio SESARAM, esta é a verdade que eles pretendem esconder”, frisa. “Até o próprio Diretor Clínico do Hospital, o médico Júlio Nóbrega, admitiu recentemente que estão cerca de 37 mil madeirenses em lista de espera para consultas, de um universo de quase 46 mil atos médicos em espera”.

Os números constantes das listas de espera, que o JPP obteve do SESARAM, com recurso ao Tribunal, mostram um aumento, em média, face a 2022 de 41,6%, ou seja, de 65 109 mil referenciações em 2022, passou para 92 215 mil em 2023. Dados oficiais que foram fornecidos pelo próprio Governo.

“Infelizmente, e para todos aqueles madeirenses que esperam anos a fio pela sua cirurgia, consulta ou exame, com danos irreversíveis para a sua saúde e qualidade de vida, este é o retrato da realidade”, lamenta o líder do JPP. “Urge uma mudança nas políticas de saúde, com uma gestão menos política e opaca, em respeito pelos direitos constitucionais dos utentes, reduzindo os tempos de espera e facultando a posição do doente na lista, bem como o tempo de espera para o seu problema”.

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