A denúncia chegou ao JM por telefone. Hoje, dia de greve nacional da Função pública, um funcionário que trabalha num dos edifícios em fusão da Escola EB1/PE/C da Ponta do Sol, que inclui a EB1/PE Escolar da Madalena do Mar e o Infantário Sol, terá sido contactado pelo diretor do estabelecimento para comparecer ao local de trabalho. Só na escola onde trabalha, terão sido contactados três funcionários para que fossem trabalhar em dia de greve.
Pelo que nos foi relatado, o mesmo aconteceu com trabalhadores nos outros dois edifícios que fazem parte desta fusão de estabelecimentos de ensino.
O JM questionou Rui Ramos, presidente do conselho executivo da escola da Ponta do Sol, que nega ter chamado as pessoas para trabalhar. O próprio admite que telefonou para alguns funcionários a perguntar se estavam a fazer greve. Pensando que a greve não abrangia as regiões autónomas, Rui Ramos disse que o objetivo dos telefonemas foi para alertar que estes poderiam incorrer em faltas injustificadas.
Mas, confrontado com o facto de a paralisação abranger Madeira e Açores, o diretor assegurou: “eu não mandei ninguém regressar ao serviço”, alegando que os funcionários voltaram por opção. “Não dei ordem a ninguém”, assegurou reafirmando que pensava que a greve não contemplava a Madeira, tal como outras nacionais.
Já esta manhã, o Sindicato dos Professores da Madeira sentiu a necessidade de “desmentir boatos” que davam conta que a greve não abrangia a Região, citando o pré-aviso de greve.