“A versão do Orçamento de Estado de 2025 mostrou-se uma verdadeira desilusão para as reivindicações dos madeirenses quanto aos compromissos com a República”, criticou, esta manhã, o Juntos pelo Povo (JPP).
O partido atenta para o facto de, além de a Região receber “menos dinheiro do que o ano anterior, a ligação Ferry (que segundo Albuquerque seria assumida pela República), o pagamento dos subsistemas de Saúde, os meios aéreos de combate aos incêndios, o pagamento de apenas 86 euros nas viagens até ao continente e a prorrogação do regime fiscal preferencial para Centro Internacional de Negócios da Madeira, entre outras, ficaram de fora desse Orçamento de Estado”.
“Se haveria vontade, política e institucional, de reconhecer e de acautelar as reivindicações da Madeira não seria necessário mendigar pelo respeito pela Autonomia nas reuniões da especialidade. Essa é a verdade”, aponta o JPP.
O partido entende que Montenegro, “amigo ou ex-amigo de Albuquerque, enterrou de vez as reivindicações da autonomia e dos madeirenses”, disse, considerando que a verdadeira natureza de Montenegro está naquilo que disse e que agora ignora e olvida.
“Na Festa do Chão da Lagoa, em julho de 2022, falou de uma ‘Autonomia mais desenvolvida’ e que estaria disposto para fazer os possíveis ‘a bem da Madeira e Porto Santo’. Tudo palavras ao vento!”, afiança o JPP, entendendo que uma vez investido no cargo Montenegro esqueceu rapidamente o que prometeu. “Cai, também, a apregoada e difundida tese de que os governos da mesma cor política são benéficos para as regiões”, frisa.
“Montenegro nesse julho quente de 2022 alertava para o respeito das vontades autonómicas: “que não hajam governos regionais ao sabor das vontades dos governos centrais para terem mais meios para fazerem o seu trabalho” (sic). Dois anos passados, inverte o que disse, e sobrepõe a vontade do centralismo às necessidades das regiões”, sustenta, acrescentando que deputados do PSD, “tal como Pedro Coelho”, afirmaram “no dia do juízo inicial, que se ‘tratava de um bom Orçamento para a Madeira, que precisa de aprimoramentos na especialidade’”.
“Como diria, François Mitterrand (1916-1996), ‘O poder absoluto tem razões que a República desconhece” (Le Coup D’Etat Permanent, 1964)’”, remata.