Brício Araújo fez hoje uma dura crítica ao Ministério Público e pediu aos militantes para se “revoltarem”.
No 19.º Congresso Regional do PSD Madeira, o deputado do PSD e antigo presidente da Conselho Regional da Ordem dos Advogados da Madeira comparou a ação do MP no caso do ex-padre Anastácio Alves, que se entregou na Procuradora Geral da República, em fevereiro de 2023, mas acabou por sair em liberdade, com a operação desencadeada na investigação criminal que trouxe centenas de investigadores num avião da Força Aérea à Madeira, no início deste ano.
“Não podemos aceitar que alguém que seja acusado do crime de abuso sexual de menores, fuja à justiça, e de repente resolve voltar ao seu país, apresenta-se perante a Justiça, vai à Procuradoria-Geral da República para se entregar, e o que faz a PGR? Diz que não é aqui. ‘O senhor é da Madeira e tem de se dirigir à sua área de residência’. Um crime gravíssimo, era acusado. Mas ao mesmo tempo a mesma PGR manda 300 elementos à Madeira, ao mesmo tempo aqueles que mandaram embora um acusado, vêm aqui desenvolver uma investigação. Entram na casa de companheiros nossos, com crianças, com filhos menores que se vestiam para ir para a escola e levam tudo o que queriam”. E o que é que isso deu? O juiz disse que não havia nada. Que país é este? Que liberdade é esta? O que é que está a acontecer neste País? Que ataque é este à Madeira?”, perguntou.
“Caros e caras companheiras, revoltem-se! A primeira revolta é nossa. É aqui. A primeira revolta não é só pelo Miguel Albuquerque, é pela Madeira”, disse.