As 38 pessoas que foram acolhidas ontem no Centro Comunitário Vila Viva, no Estreito de Câmara de Lobos, vão passar mais uma noite nestas instalações, perante a instabilidade da situação causada pelos incêndios. Estas pessoas são todas provenientes do sítio da Fajã das Galinhas e têm idades compreendidas entre os sete meses e os 99 anos.
As pessoas chegaram ao centro do Estreito através de autocarros e, desde a chegada ontem pela hora de almoço, têm recebido refeições e condições de conforto que ajudam a atenuar este momento difícil que estão a viver.
“Este centro está adaptado para isso, porque é um centro de dia e de convívio. Conseguimos para a pessoa mais velha uma cama articulada, para que tenha o máximo conforto dentro do possível. Temos camas, colchões, as refeições estão garantidas. Temos gerido a parte emocional, porque também temos técnicos superiores nessa área. E as coisas estão controladas e as pessoas estão tranquilas”, disse Elisabete Costa, assistente social e chefe de divisão na Divisão de Desenvolvimento Social.
A responsável confirmou que este grupo vai passar mais uma noite no centro e amanhã a situação voltará a ser analisada, para decidir se continuam ou já regressam às suas casas. No centro comunitário Cidade Viva, em Câmara de Lobos, há outras 15 pessoas realojadas temporariamente, que vieram do Curral das Freiras, mais uma área que tem sido fortemente fustigada pelo avanço das chamas. O regresso destas pessoas às suas casas também vai depender das condições no terreno.
De acordo com Elisabete Costa, o centro Cidade Viva tem capacidade para acolher “mais 30 ou 40 pessoas”, além das atuais 15. Já o centro Vila Viva, no Estreito, tem ainda alguma capacidade para receber mais, podendo chegar às 50 pessoas.