O presidente e líder parlamentar do Chega-Madeira na Assembleia Legislativa, Miguel Castro, manifestou a sua “profunda indignação perante a decisão do Governo Regional da Madeira de recusar o apoio oferecido pelo Governo da República no combate aos incêndios que assolam a ilha da Madeira e de só ter mudado a atitude após muita destruição”. Segundo Miguel Castro, esta “teimosia” do líder do governo revela uma “grave falta de responsabilidade que roça na arrogância política e coloca em risco a segurança dos cidadãos madeirenses.”
“A decisão do Governo Regional de rejeitar a ajuda da República e só aceitá-la quando a situação agravou ainda mais é incompreensível e irresponsável. Numa altura em que o fogo avança por várias frentes, colocando em perigo a vida de pessoas e os seus bens, a prioridade deveria ser a proteção da população e a preservação do nosso património natural”, afirmou Miguel Castro, criticando o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, pela sua postura.
Miguel Castro sublinhou ainda que, embora o Governo Regional tenha afirmado que os meios locais são suficientes, as condições meteorológicas adversas e a gravidade dos incêndios exigem uma resposta robusta e coordenada, que deveria incluir todos os recursos disponíveis, tanto regionais como nacionais. “A recusa em aceitar ajuda externa, que só foi corrigida mais tarde, é uma demonstração de grande desrespeito para com a segurança dos cidadãos”, acrescentou.
O líder do Chega-Madeira também destacou que esta não é a primeira vez que o Governo Regional adota uma postura de autossuficiência desmedida em situações de emergência. “Esta atitude reiterada de ‘nós conseguimos sozinhos’ pode causar danos irreversíveis à nossa ilha e comprometer a eficácia das operações de combate ao incêndio”, advertiu.
Concluindo, Miguel Castro apelou ao bom senso e à responsabilidade das autoridades regionais, instando Miguel Albuquerque a assumir as suas responsabilidades, aceitar toda a ajuda necessária para debelar os incêndios que continuam a ameaçar a Madeira e pedir desculpas pelo sucedido à população da Madeira. “Neste momento crítico, devemos deixar
de lado as questões políticas e focar-nos no bem-estar e na segurança da nossa população. Dito isso, há um pedido de desculpas que se impõe da parte do executivo à população madeirense.”